Olá meus amigos, tudo bem? Hoje iremos falar um pouco sobre a “CANELA”.
A canela ocupa um lugar especial no mundo das especiarias. Seu nome científico cinnamomum, possui origem da Indonésia, kayu manis, que significa “madeira doce”.

Na Arábia, era considerada uma mercadoria preciosa; os egípcios utilizavam-na para embalsamar seus mortos, junto com outros condimentos.

Em 1498, com a descoberta do caminho para as Índias, os portugueses alcançaram o Ceilão (atual Sri Lanka), onde a canela era produzida em abundância. Os mesmos tiveram o monopólio do condimento até serem suplantados, no século XVII, pelos espanhóis que a comercializaram exclusivamente por um longo tempo; no século XVIII, por volta de 1776, o cultivo da canela começou a se espalhar pelo mundo. A canela era utilizada para aromatizar molhos e vinhos brancos, sendo também utilizada para perfumes. A Canela-da-china (Cinnamomum cássia) possui odor aromático característico e seu sabor é menos doce, levemente mucilaginoso e menos aromático que o da canela- do-ceilão (Cinnamomum verum).

A droga vegetal corresponde à casca seca contendo no mínimo 1,0 % de óleo volátil, constituído por 70,0% a 90,0% de trans-cinamaldeído. A preparação da canela envolve a remoção da casca exterior da árvore e a secagem da mesma, sendo vendida na sua forma íntegra (canela em palitos) ou em pó moído. As folhas e a parte interna da casca são utilizadas para a obtenção do óleo essencial.

A canela possui diversas propriedades e destaca-se pela sua capacidade preventiva e terapêutica para muitas doenças cardiometabólicas, incluindo a resistência à insulina, hiperlipidemia, hipertensão, obesidade.

Em humanos, foi mostrado que a ingestão do cinalmaldeído foi capaz de aumentar o gasto energético e promover a maior oxidação de gordura pós-prandial, em indivíduos saudáveis (MICHLIG et al., 2016).O efeito da canela mais bem descrito na literatura está a sua ação hipoglicemiante, atuando como um mimetizador da ação da insulina ou potencializador dos seus efeitos. Muitos estudos, sobretudo com humanos, mostram a eficácia dessa especiaria na melhora da homeostase glicêmica, com diminuição das concentrações sanguíneas de glicose de jejum e hemoglobina glicada (MEDAGAMA, 2015; MOLLAZADEH; HOSSEINZADEH, 2016).