Dentre todas as personagens que se sobressaíram na história da humanidade uma indiscutivelmente foi a que mais se destacou: Jesus Cristo. Ele teve uma vida simples e curta. Sobre ela pouco se sabe, a não ser de alguns dias que antecederam a sua morte e do próprio dia fatídico. E tornou-se famoso, respeitado e idolatrado, justo porque pregou uma mensagem de paz e amor, qual seja a de que todos somos iguais, todos somos pecadores e filhos de Deus. Isto abalou profundamente as estruturas políticas e religiosas de sua época.

Ele disse: Meu Pai é como o Sol, que ilumina e aquece a todos, e como a chuva, que irriga as plantas e enche os mananciais, dos bons e dos maus, dos justos e dos pecadores. Não precisava dizer mais nada. Antes de Jesus, os povos veneravam deuses representados das mais variadas formas. Foram os hebreus o primeiro povo que trouxe a ideia de um deus abstrato, que teria se apresentado perante Moisés e Abrão para fazer um pacto com este povo.

O grande defeito de Jeová, o deus dos judeus, é que ele era deus de um povo só e, assim, só protegia e ajudava seus eleitos, desprezando os demais povos, o que não se coaduna com a ideia de amor, bondade e justiça que a mente humana espera de um deus. Quando Cristo chegou, e disse que o seu pai era o Deus de todos os homens, foi de encontro aos interesses dos hebreus, que viviam na região, Jerusalém, que naquela época era domínio dos romanos. Por isso foi julgado, de forma tendenciosa, e condenado à morte, por crucificação.

O que dizem do seu corpo após a morte não interessa à História nem à Ciência. São narrativas de cunho religioso, não cientificamente comprováveis. Sua mensagem, porém, fez com que a humanidade se tornasse um pouco mais fraterna. Os romanos, depois de muito perseguir, torturar e matar os adeptos da doutrina cristã, adotaram o cristianismo como religião. Houve muitas deturpações das mensagens de Jesus, voltada a defender interesses de grupos específicos como, por exemplo, católicos e protestantes. Incrível, mas em nome dele, que pregou a paz, o amor e o perdão, cometeram-se atrocidades terríveis (vide a História).

Ainda hoje, muitas pessoas usam seu nome com sensacionalismo e histeria para ganhar dinheiro. Escritores trazem à baila detalhes sobre sua vida que são frutos apenas de suas imaginações. Os historiadores sérios como, por exemplo, H. G. Wells, dizem que pouco ou quase nada, se sabe sobre a vida pessoal de Cristo. Livros e filmes que andam por aí, alguns na moda, são apenas obras de ficção com fins de lucros. Sugerir que Jesus fez milagres não comprováveis, que era casado, tinha amante ou era homossexual é um ato de extrema maldade, que não se deve cometer com ninguém. Mais ainda quando esse alguém é Jesus. Se ele era filho de Deus, ou não, isto é irrelevante. Não interessa para a História. No que se refere a Cristo, o essencial é que nos fixemos na sua mensagem.