A necessidade de apoio emocional ocorre durante o ano todo, porém o setembro veste amarelo para alertar sobre a prevenção ao suicídio. Neste ano, os canais de apoio também precisaram se reinventar e buscar os meios virtuais.

As entidades que lutam pela valorização à vida farão um trabalho intenso através das redes sociais da Rede de Proteção à Vida (RPV) e contam com o apoio voluntário dos meios de comunicação e de toda sociedade.

Na normalidade, os desafios da vida já são fortes. Porém, com as restrições impostas pela pandemia, as pessoas se veem frente a questões ainda mais densas, em praticamente todas as áreas. Escolas e filhos, família e suas dificuldades, emprego, relacionamentos, projetos de vida, entre tantos outros pontos importantes foram impactados, potencializando problemas de ordem emocional.

Em meio a estas crises é comum a sensação de que não existe espaço para uma solução e de que estamos sozinhos, sem perspectiva de apoio algum. Conforme defendem os voluntários da Rede de Proteção à Vida (RPV), isto não é verdade.

Sempre haverá apoio e um braço amigo, e, para tanto, é preciso saber onde buscar o alento emocional tão necessário. Um exemplo? 90% das ocorrências de suicídio são preveníveis, e as pessoas podem melhorar a qualidade de vida, se procurarem atendimento profissional.

Os canais de ajuda estão à disposição ao longo de todo o ano, como por exemplo, o Centro de Valorização da Vida (CVV), que em agosto último recebeu quase 300 mil ligações para atendimento emocional gratuito, através do telefone 188, que opera 24 horas.

No Setembro Amarelo, é tempo de disseminar estes apoios com ainda mais intensidade, mostrando às pessoas que para tudo existe uma saída. E como pregam os voluntários da RPV, esta saída passa pela Valorização da Vida.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) classifica o suicídio como problema de saúde pública, o que exige atenção e ação por parte de todos: saúde pública e privada, órgãos de segurança, religiões, meio acadêmico, ONGs e de todos os cidadãos. Empatia e fraternidade são palavras de ordem para uma boa saúde emocional, física e espiritual. Definitivamente, transtornos mentais não são “frescura”, não havendo espaço para tabus como: “quem fala, não faz” ou“a pessoa apenas quer aparecer”. Conforme afirma o voluntário da Rede de Proteção à Vida (RPV), Roberto Caldas, por maior que seja a dor, quem sofre jamais estará sozinho.

“Falar e desabafar, buscando o devido apoio é o início da mudança, rumo a um estado de saúde melhor e com qualidade de vida. Estamos todos no mesmo barco”. Caldas comenta ainda que a Rede de Proteção à Vida dispõe de palestras e rodas de conversa online, e não somente no Setembro Amarelo, mas durante todo o ano, para disseminar informações e dicas sobre saúde mental e divulgar canais de apoio, conforme segue.

CAPS (Centro de Atenção Psicossocial). Procure na prefeitura de sua cidade, ou na rede de saúde: hospitais, unidades básicas de saúde e de assistência social.

CVV – Centro de Valorização da Vida. Para acolhimento e uma conversa com sigilo do assunto e anonimato de quem liga. Ligação gratuita pelo fone 188, ou ainda acessando o chat online, em www.cvv.org.br.

NUPREVIPS (Núcleo de Prevenção às Violências e Promoção da Saúde). Assistência às crianças, adolescentes, adultos e idosos vítimas de qualquer tipo de violência: sexual, psicológica/moral, financeira/econômica, institucional, negligência, física, trabalho infantil, tortura, tráfico de seres humanos, suicídio e bullying. Fone (48) 3431-2764.

ACOLHER UNESC. Serviço gratuito de tele atendimento e apoio psicológico, pelo Whatsapp. Fone: (48) 99644-1887.

PROJETO ACOLHE ESUCRI. Serviço voluntário de acolhimento online, pelo Whatsapp. Fone: (48) 98488-0391.