No início do mês de março, fizemos reportagem referente à reclamação de moradores do bairro São Francisco, que procuraram o vereador Cacai Amorim (PDT) e a nossa redação para reclamar de um problema com o qual estão convivendo, há mais de sete anos. Há um valão nas proximidades da Rua Telegrafista Adolfo Coelho, que vem causando desconforto, devido ao mau cheiro e proliferação de insetos, entre outros problemas. Cacai fez indicação junto à Câmara Municipal, que foi aprovada pelos vereadores, para que a obra seja executada.
Lá, conversamos com alguns moradores. Cada um fez seu desabafo sobre as dificuldades de morar no local e conviver, diariamente, com mau cheiro, alagamentos e a presença constante de insetos e roedores.
Já naquela época, em 13 de março, o prefeito Zênio Cardoso (MDB), que estava licenciado autorizou, junto da prefeita que estava no exercício, Gislaine Cunha (MDB), a execução do projeto de drenagem e fechamento do valão, por entender que o problema é antigo, e sempre teve apenas ações paliativas e não definitivas, como a autorizada. O projeto deve ser semelhante ao executado no bairro São Pedro, em 2018, quando outro valo a céu aberto foi fechado, melhorando as condições de vida e especialmente diminuindo os problemas de saúde da comunidade local. “É um caso de saúde pública que o setor de obras e engenharia da prefeitura tem conhecimento, graças a ações de agentes de saúde que atendem a população local e do serviço de assistência social da Prefeitura. […] em reunião com o Secretário de Obras […] e o engenheiro Renato Bristot, autorizamos a elaboração do projeto para fechamento definitivo desse valo”, disse o prefeito naquela época.
Uma moradora, que organizou um abaixo-assinado requerendo a obra, Débora Carine Santos da Silva, nos procurou novamente, dessa vez para questionar sobre o andamento. “O valo está do mesmo estado, de noite não dá nem para dormir de tanto mosquito. Acho que o prefeito tem que botar a mão e fazer isso de vez”, comenta.
Em contato com o engenheiro responsável pelo andamento da obra, Renato Bristot, fomos informados que foi autorizado o início da elaboração do projeto que será materializado no bairro, porém na semana seguinte teve início em todo o Estado a quarentena que perdura atualmente. “Aliado a isso, os esforços foram priorizados no atendimento aos serviços da saúde, atendimento à população entre outros. Recursos vindos da União, Estado ou próprios foram impactados significativamente, o que demanda revisão dos projetos e orçamentos de modo a evitarmos que fiquem obras inacabadas, sem seu uso por completo”, destacou o engenheiro.
Cacai rebate: “Aquele valo também é problema de saúde pública”, define.