Me acordei era cedo
Uma noite bem dormida
Me veio no pensamento
Várias coisas desta vida
Como meu forte é rimar
Em rima quero contar
Uma história acontecida.

Isto foi em tempo idos
Mais ainda bem lembrado
Meu pai era agricultor
Serviço mais que pesado
Eu pequeno ajudava
Assim o tempo passava
E nós vendo o resultado.

Lugar Morro Taimbé
Era lá nossa morada
Uma difícil subida
La em cima, uma chapada
Nós arávamos aquele chão
Na entrada do verão
A lavoura era plantada.

Uma coisa me deixava
Bastante preocupado
Bem no meio da lavoura
Um pé de café criado
Os anos iam passando
E ele ali estorvando
Por meu pai era zelado.

Já bastante curioso
Pro meu pai eu perguntei
Ele me disse, num sábado
Mudas de café ganhei
Achei a melhor maneira
Antes de Segunda-feira
No Domingo então plantei.

Entre as ervas crescidas
Fiz as covas e fui plantando
E depois de alguns dias
Vi que estavam brotando
Eu fui pensando, agora
Já está chegando a hora
De enxada ir limpando.

No outro dia então
Fui de enxada capinar
Marcava a muda na frente
Pra enxada não cortar
Não sei o que acontecia
Minha vista escurecia
Só via a muda rolar.

Me disse que com cuidado
A enxada ele puxava
Na frente ele via as mudas
Com as ervas misturadas
Não sei que vinha na mente
Não demora, de repente
Outra planta era cortada.
Durante todo trabalho
A desordem continuou
Eu trabalhar no Domingo
Quem sabe, Deus não gostou
Todo, serviço perdido
Os pés no chão estendidos
De todos só um sobrou.

Com tudo isto meu pai
Pensativo ele ficou
Bastante arrependido
Este aviso respeitou
Querendo viver em paz
Da li pra cá nunca mais
Em Domingo trabalhou!

Pra fazer como Deus quer
Muito cuidado é preciso
Respeitar os dias santos
Se livrar deste aviso
Boas obras praticar
Para nada então pesar
Lá no dia do Juízo!

02/04/2019.