Alguém me aborda na rua e diz que me lê ou me ouve pela rádio. A maioria, logo após um primeiro momento, costuma me confidenciar algum problema que está vivenciando, e que lhe está causando angústia ou sofrimento. Querem a minha opinião. Fico honrado com a confiança e faço o que posso, dentro das minhas limitações, sempre com a mais pura das intenções. Não sei se erro ou acerto, pois raramente tenho retorno. Mas nunca ninguém voltou para reclamar

Eu procuro ser o mesmo com todos, independentemente de idade ou sexo. Saibas que me espanta o carinho e a confiança que as pessoas têm para comigo. O que me deixa feliz. Os mais velhos sempre são mais formais. Isto é fruto da educação que tiveram na infância e na juventude. Questão de época, é claro. Os jovens não. Logo ao primeiro contato, dispensam o “doutor”, o “senhor” e outros salamaleques. E vão, de pronto, me chamando de Llantadinha, o que me sensibiliza.

Mas o que eu queria te contar mesmo é a pergunta que mais recebo das mulheres solteiras ou separadas. Antes que eu te diga que pergunta é, faço um comentário, o de que nunca vi uma mulher que não quisesse casar. Mesmo que, no início de uma conversa, algumas tenham afirmado que não querem, porém, tão logo eu faça uma ou duas colocações, elas confessam que estavam brincando. No fundo, no fundo, todo o ser humano, com raríssima exceção, quer constituir a sua própria família. Quem disser que não, está mentindo para si próprio.

Vamos agora à pergunta mais comum: – “Como saber quem é a pessoa certa?” Em outras palavras, como identificar a pessoa que vá lhe fazer feliz? Que não vá decepcioná-la? A minha resposta é quase sempre a mesma; não existe a pessoa certa, nem a errada. Para não deixá-la assim, nessa imensa dúvida, explico-lhe que o relacionamento vai depender muito de ambos. Como? Indaga-me. Olhos arregalados e brilhando de curiosidade. Aí eu falo como homem e digo-lhe qual o tipo de mulher que nós homens gostamos, e depois que a temos não temos coragem de trocar.

Olha, meu anjo, quando conheceres um homem e veres em torno dele um “brilho”, é ele. Aliás, ocorre também com nós homens, ao depararmo-nos com uma mulher. Se não viste esse brilho, talvez não seja ele, ou então ainda não é o momento certo. Dá um tempo. Ainda não é o grande amor da tua vida. Mas poderá sê-lo. Se sentiste uma atração, por que não trabalhar melhor este sentimento? Se vistes o brilho, saibas que é apenas um sinal, uma semente. A partir daí vai depender dos dois, mas muito mais de ti. Vocês passarão a observar-se reciprocamente. Tu me perguntas: Como devo proceder? Eu te respondo: Não sejas vulgar, nem muito exigente. Continua cuidando da tua beleza física, intelectual, cultural, emocional e espiritual. Carinhosa sempre. Ah! O mesmo vale para os homens. Simples, não? Boa sorte.