Algumas pessoas me enviaram essa imagem. Ela mexeu bastante comigo, pois essa professora respondeu exatamente o que eu responderia. Só que não sabemos quando vamos retornar. Quando vamos matar a saudade. E quando as dúvidas sobre essa lição serão sanadas.

Eu não conheço a professora Rosiani, que escreveu a resposta ao recado da aluna. Mas eu consigo imaginar a angústia dessas duas. Num sistema educacional que é feito para o acerto, é muito complicado lidar com a frustração, com não conseguir. Infelizmente não educamos nossos filhos e alunos para lidar com o erro e com a dúvida como ferramentas para construir o conhecimento.

Não acho que esse recadinho seja um caso isolado, sei que muitos educadores e estudantes têm se relacionado apenas por atividades impressas, entregues e devolvidas. Isso dificulta muito na hora de sanar dúvidas, acompanhar raciocínios, construir junto com o aluno uma compreensão. Nessa hora, resta para esse estudante pedir ajuda para a família, que nem sempre tem tempo ou até mesmo acesso para auxiliar.

Eu sinto muito, mas não há uma solução, uma ferramenta pra superar essa barreira. Mas podemos, sim, olhar para o que esperamos que nossas crianças aprendam nesse período. Vou retomar o que trouxe nas últimas semanas, um chamado para que olhemos, como sociedade, para o que podemos ensinar dentro de cada casa, de cada realidade. É esse conhecimento que devemos avaliar e reconhecer nesse momento.
Trazer a comunidade para dentro da escola não é nenhuma novidade. Grandes educadores e diversas metodologias comprovam que essa conexão provoca um aprendizado mais efetivo, o estudante consegue perceber aplicação, importância e relevância de cada aprendizado.

Pais, escola e crianças precisam reconhecer que sim, algumas coisas foram perdidas. Mas muitas outras foram verdadeiros tesouros para a formação de um ser humano integral. Sejamos mais gentis, como a professora Rosiani foi, e abraçar essa oportunidade.