Chato é o indivíduo cuja presença é desagradável. Não que ele seja perigoso. Não. Ele é maçante, repetitivo e inoportuno. Costuma sempre ter opinião formada sobre tudo. É fanático, ou tem forte admiração sobre alguma coisa ou alguém; seja por partido político, políticos, ideologia, religião, sua terra natal, clube de futebol ou o “diabo-a-quatro”.

É sempre radical. Só o que ele pensa e gosta é o certo. Ainda se ficasse com sua maneira de ser e de pensar só para si, tudo bem. Mas não. Está constantemente tentando impor suas ideias e preferências. Não admite críticas ou opiniões contrárias. Assim, se torna não só desagradável, como insuportável.

Diante da menor contrariedade, não encontrando palavras para defender sua tese, busca justificar o injustificável com argumentos aleatórios, fora do foco da discussão. Quando não os encontra, parte para a ofensa pessoal de quem discorda de si. Fica deselegante. Todos notam, menos ele. Coitado.

Partidário: Só o seu partido político é o certo. Não admite críticas. Quando elas ocorrem, o chato não se limita em contraditá-las dentro da tese abordada, mas sim em agredir o seu interlocutor; Idólatra: Os políticos que ele idolatra sempre são os certos. Imaculados. Esquece-se que todos nós temos momentos de acertos e erros. Virtudes e vícios. Nem mesmo somos constantemente honestos. Às vezes cometemos deslizes. E os políticos são pródigos nisso, pois é da essência da política.

 

Religioso: Só a sua religião, seu deus, dogmas e ritos são os ideais. Agarra-se num livro “sagrado” qualquer, cita-o, sem sequer saber quem o escreveu e acha, na sua limitação cultural e intelectual, que ali está a verdade. Como se existisse verdade absoluta e definitiva. Tenta impor suas crenças, que para ele são divinas, mas que para outra pessoa podem parecer ridículas;

 

Esporte: Só o seu time é o bom. O melhor. Desdenha das conquistas dos demais, em especial do clube rival. Está sempre atento, de plantão, para qualquer derrota dos adversários, para fazer brincadeiras de mau gosto ou piadas ofensivas. Na falta de argumento confiáveis, inventa-os, mesmo que pueris.

 

Chato do Facebook: Não há como evitá-lo. Só mesmo excluindo-o, mas isto eu não faço. Assim, lá está ele: – Enchendo o saco de todo o mundo, com suas ideias e preferências. Não que não deva tê-las. Pelo contrário, deve. Inclusive, divulgá-las e defendê-las. Mas lá de vez em quando, com argumentos convincentes. Não tem quem o aguente. Vai lá, mano velho: fala de família, da tua história de vida, de música, de poesia, de livros, de comida, de bebida, faz uma brincadeira qualquer. Por favor, poupa-nos da tua chatice.

Nós já estamos cansados de saber o que tu pensas e do que gostas. Conheces alguém assim, leitor? Eu tenho pena é da mulher que tem que dormir com um cara desses.