A colheita do arroz em Santa Catarina começou em fevereiro e traz uma expectativa positiva para os produtores. O estado é segundo maior produtor do grão no país, depois do Rio Grande do Sul. A estimativa é colher cerca de 1,147 milhão de toneladas do grão, segundo previsão do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Cepa), ligado à Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri). A colheita do arroz segue até o fim de março. A expectativa para o estado é que a produtividade tenha o registro de 4% em relação a safra passada.

O preço deste ano também deixa os produtores mais animados. A saca do arroz está sendo vendida em média por R$ 51.

Segundo o diretor corporativo da Cooperativa Agroindustrial Cooperja, de Jacinto Machado, Vinicius Cechinel de Moraes, “estamos vivendo um momento único, bastante diferente de tudo o que a gente viveu até hoje, o que nos trouxe alguns desafios: de um lado a vida humana, que não pode ser deixada de lado e de outro, uma tarefa que é a de alimentar as pessoas, ainda mais durante uma colheita. A lavoura não espera, o arroz tem que ser colhido e guardado, para que não haja perdas”, sintetiza.

Ela relata que a cooperativa trabalhou para adequar os dois fatores, adotando todas as boas práticas de isolamento, distanciamento e EPIs, para receber e beneficiar o arroz, para que chegue à mesa da população com qualidade e preço justo. Não houve perdas, relacionadas ao decreto de isolamento.

Maracujá

Ao contrário do arroz, os produtores de maracujá tiveram grandes perdas. A cooperativa está recebendo a fruta porém, quando o decreto entrou em vigor era uma época de alta produtividade, alta oferta, e o mercado consumidor paralisou. “São Paulo é nosso principal consumidor e parou. As frutas acabaram ficando represadas aqui e tiveram que ser enviadas para a indústria, o que remunera muito menos o produtor”, diz.