Apesar de serem essenciais para manter o equilíbrio mental e a produtividade, as pequenas pausas durante o expediente são negligenciadas pela maioria dos brasileiros. Uma pesquisa da empresa de benefícios corporativos Pluxee revela que 60% dos trabalhadores só interrompem suas atividades “quando possível” ou “raramente conseguem parar”, enquanto apenas 40% fazem pausas regulares.
A manutenção do ritmo constante, segundo especialistas, afeta diretamente a qualidade das entregas e a saúde emocional.
Pausa é produtividade, não perda de tempo
Fabiana Galetol, diretora executiva de pessoas e responsabilidade social corporativa da Pluxee, defendeu em entrevista ao Estadão a mudança de mentalidade sobre os intervalos.
“A pausa precisa deixar de ser vista como um intervalo e passar a ser entendida como parte integrante da produtividade saudável. Trabalhar sem parar não é sustentável, e já está nos custando caro, tanto em bem-estar quanto em performance”, disse a especialista.
Segundo ela, a falta de pausas compromete a clareza mental e acelera o esgotamento, impedindo o cérebro de sair do modo de alerta constante. “Trabalhar sem interrupções pode parecer produtivo, mas, na prática, mina a concentração, reduz a criatividade e acelera o esgotamento. Esta sobrecarga se acumula até levar a um estado de fadiga crônica.”
Benefícios e como aplicar as pausas
As pausas são vitais porque:
Reduzem o estresse e a fadiga mental: Ajudam o corpo a retomar o equilíbrio e diminuem a tensão acumulada.
Aumentam a criatividade: O cérebro reorganiza ideias e encontra soluções de forma mais espontânea ao se afastar da tarefa.
Melhoram a precisão e o foco: Profissionais que fazem pequenas pausas tendem a cometer menos erros.
Para realizar pausas de forma eficaz, sem perder o ritmo, a recomendação é:
Frequência: Fazer intervalos curtos a cada 90 minutos, tempo médio de concentração plena.
Movimento: Levantar-se e movimentar o corpo para ativar a circulação.
Desconexão: Afastar-se das telas (celular e redes sociais) para auxiliar no relaxamento e na recuperação mental.
Retorno: Usar o final da pausa para revisar prioridades e definir o próximo passo, mantendo o ritmo produtivo.












