Manter atividades assistenciais e culturais a uma parcela da sociedade com dificuldade de acesso tecnológico é um grande desafio, mas que tem surpreendido e gerado resultados positivos na instituição beneficente Casa da Fraternidade.
Nestes tempos de pandemia a Casa da Fraternidade se reinventa, com novas estratégias atividades para levar a arte, a cultura e a educação até os lares de todos. Assim, além das tradicionais aulas aos alunos inscritos nas Oficinas de música, capoeira, cultura afro-brasileira, balé, teatro, violão, que acontecem de forma remota devido a pandemia, também é realizado aulas abertas com temáticas especiais para toda a sociedade.
Devido a pandemia do coronavírus todos tiveram que se readequar e não foi diferente para seguir nas atividades assistenciais, educacionais e culturais na Casa da Fraternidade. Todas as atividades tiveram que passar por adaptações.
Os educadores também buscam alternativas para que possam manter os alunos nas suas aulas não comprometendo a aprendizagem dos mesmos.
Segundo a coordenadora pedagógica da instituição, Rosangela Correia Castilho, tem sido um grande desafio já que muitas crianças tem pouco acesso as atividades online.
“Mas também estamos realizando atendimentos presenciais individuais como psicológico, psicopedagógico e Reforço Escolar, de acordo com os protocolos exigidos. E ainda há o Projeto Maleta Viajante que tivemos que adaptar higienizando os livros e levando até a casa das crianças para que possam continuar com a leitura em casa”, relata.
As oficinas de Balé, Capoeira, Cultura Afro-brasileira, Musicalização, Boi de Mamão, Teatro Musical estão sendo realizadas através de aulas online, vídeos e lives. As aulas de violão sendo on line, mas alguns alunos já estão realizando na Instituição aulas presenciais individuais tomando todos os cuidados.
As aulas de Inglês tem atividades via WhatsApp para realizarem em casa e postarem no grupo até mesmo em áudio, trabalhando a pronúncia do Inglês. “Os alunos gostam muito das atividades da Casa então fica mais fácil de eles participarem. As aulas estão sendo lúdicas para as crianças e também aulas bem elaboradas para os adolescentes os motivando a participarem”, enfatiza Rosangela.
Para a coordenadora pedagógica o saldo tem sido positivo. “Estamos felizes com os resultados, mesmo com todas as dificuldades. A Casa está reinventando a cada dia, mas sem perder o foco que é levar cultura educação e assistência para nossas crianças. Os atendimentos não atingem a todos, mas a Casa está se esforçando para ir até aqueles que não têm acesso”.
Na área cultural, a coordenadora Renata Hahn, conta que tendo em vista que 70% do público ser economicamente carente, há bastante esforço para a participação. “Eles se empenham e assistem os vídeos e após as aulas nos encaminham vídeos, fotos, desenhos, do que aprenderam na aula, mantendo o vínculo conosco”.
Renata conta que desde o mês de julho iniciou-se também uma nova proposta de intensificar as Lives via Instagram e vídeos curtos via Youtube de atividades, exercícios, para que os alunos e sua família tenham o acesso de alguma forma, utilizando as redes sociais como meio de aproximação a elas e também abrindo para o público em geral acompanhar as atividades culturais.
Programação
Tem novos vídeos das oficinas toda semana no canal youtube.com/casadafraternidade
– 18/08 (terça) Live via instagram com a Educadora de balé Maiana Sampaio com a professora e diretora da escola Nova Jerusalém de Criciúma, Michele Urbano sobre A CONCEPÇÃO de um espetáculo.
– 21/08 (sexta) Live via Instagram com o Arte Educador Vini Martins da Oficina de Boi de Mamão com o convidado Zé do Boi, Mestre Popular do Boi de Mamão Catarinense contando um pouco sobre seu trabalho no Grupo Folclórico Beco do Beijo de Tubarão/SC.
