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Prefeitura no RS é a primeira no país a instituir serviço público por videoconferência

Impedidos por decretos estaduais, municipais e por recomendação de médicos e sanitaristas, os setores público e privado estão apostando em soluções que até existiam, mas não eram amplamente utilizadas como pede a urgÊncia do momento: videoconferências e home office. Em função da pandemia, há seis meses, desde que o primeiro caso de covid-19 foi diagnosticado no Brasil, em 26 de fevereiro, todas as relações que demandam contato físico foram adaptadas. É aí que entram as empresas com tecnologias que encurtam todas as distâncias e mantêm ativos, no formato online, os serviços não essenciais.

Em Gravataí, no Rio Grande do Sul, os serviços públicos para tratar de tributos e outros assuntos que antes só eram possível presencialmente, agora, podem ser feitos por videoconferência. Tentativas de regulamentar o home office já foram tentadas no país, mas antes da pandemia assunto não tinha força e despertava pouco interesse, principalmente das classes trabalhadoras.

O crescimento na demandas para as empresas do setor é gigante. É o caso da Videoconferência Brasil, que atende o público corporativo e teve um aumento de 500% no número de usuários na pandemia. Em abril, a Microsoft informou que as chamadas de vídeo e uso educacional do software da empresa, o Team, aumentaram exponencialmente. Só no mês de março, segundo a empresa, as videoconferências aumentaram 1.000%.

Mas, além da videoconferência, os brasileiros – e o mundo – estão aderindo a outra novidade: o home office. De acordo com os dados da PNAD Covid-19 de maio, divulgados pelo IBGE em junho, 8,7 milhões de brasileiros estavam trabalhando em casa naquele mês.

O home office, mais comum nas empresas do setor privado, chegou a ser discutido para o setor público em 2015, por meio de uma proposição apresentada por Daniel Vilela (MDB-GO). No entanto a proposta foi à deriva e parou de tramitar em 2019.

Mas apesar do arquivamento, foi só com a chegada da pandemia, em 2020, que a realidade do home office virou de fato pauta do dia, fazendo com que o meio fosse o único possível para evitar a circulação de pessoas, apontando tendências do no mundo pós-coronavírus.

“Temos claro que a política de trabalho do serviço público não é atender remotamente os cidadãos, mas a pandemia reportou uma grande parcela dos trabalhadores para este campo”, defende a sindicalista da Central Única dos Trabalhadores (CUT-SC), Sueli Silvia Adriano.

A experiência pioneira do teleatendimento na prefeitura de Gravataí, RS

O município de Gravataí, no Rio Grande do Sul, está testando uma ferramenta de atendimento que deve chegar em breve também a outras prefeituras atendida pela empresa em Santa Catarina e São Paulo. Trata-se de um sistema que oportuniza o atendimento virtual, por videoconferência, ao cidadão. Com isso, muitas demandas que hoje precisam ser resolvidas na prefeitura, serão solucionadas pelo cidadão, de casa ou do escritório.

A novidade é mais uma decorrente da pandemia do novo coronavírus. Com altos níveis de contaminação da doença nos estados do Sul, medidas de isolamento ainda estão em vigor em diversos municípios, tornando o home office, videoconferências e o atendimento à distância cada vez mais importantes. Com o atendimento presencial dificultado, as prefeituras também estão intensificando a busca por novas tecnologias.

Um dos sistemas disponíveis neste mercado é de uma empresa da capital de Santa Catarina, a IPM Serviços. Trata-se de uma ferramenta que estava em estudo e foi lançada na pandemia, por conta da maior necessidade do home office e do atendimento nos órgãos públicos sem presença física. O município de Gravataí testa a solução há cerca de um mês.

O colaborador da IPM Sedi Zanella, que atua na área de relacionamento com o cliente, explica que o sistema foi desenvolvido pela equipe técnica do centro tecnológico da empresa, em Rio do Sul.

“Temos ouvido dos servidores que facilita a vida do munícipe. As pessoas estão buscando como alternativa de atendimento no período em que a presença física é mais complexa”, disse Zanella.

Como funciona

Quando demanda um serviço da prefeitura, o cidadão precisa fazer um cadastro. Após registrar seus dados, ele solicita o serviço e pode agendar determinados atendimentos por videoconferência.

Os funcionários da prefeitura atendem o cidadão trabalhando em home office. O munícipe também está em casa, ou na empresa. O atendimento pode ser agendado, ou em chamada imediata. A ferramenta também permite uma reunião com diversos servidores da prefeitura.

“Não tem chegado reclamação, pelo contrário, muitos elogios. Gravataí tem mais de 300 serviços na web. O cidadão não precisa mais ir na prefeitura, presencialmente, para resolver grande parte das suas demandas”, explica Zanella.

A solução de atendimento por videoconferência ao cidadão atinge pessoas físicas e jurídicas, como bancos, empresas e imobiliárias, que acionam a prefeitura em busca de alvarás, por exemplo.

De acordo com Zanella, uma das grandes vantagens é resolver as demandas sem entrar no trânsito, buscar estacionamento e sair de casa ou do trabalho.

A solução também ajuda a desafogar às demandas do município, sem trazer o cidadão para as dependências da prefeitura. De acordo com a sindicalista Sueli Silvia Adriano, a CUT-SC faz a defesa do isolamento social, tendo como princípio a vida, reforçando a necessidade do teletrabalho em todos os segmentos da sociedade, onde for possível.

“No serviço público, no âmbito das secretarias e categorias, que não são serviços essenciais, buscamos que cumpram seu trabalho em domicílio, para evitar maior proliferação do vírus”, aponta Sueli.

Nícolas Horácio/Pelo Estado.

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