Outros dois servidores também foram afastados
O prefeito de Urussanga, Gustavo Cancellier (PP) foi afastado do cargo nesta quinta-feira (20). O pedido foi feito pela Polícia Federal na Operação Benedetta, que investiga suspeitas de má aplicação e desvio de recursos públicos em contratos da prefeitura com a Caixa Econômica Federal. Mais dois servidores também foram afastados. A operação mira 18 investigados entre pessoas físicas e jurídicas. Não houve prisões.
O afastamento do prefeito e de outros servidores, assim como os mandados de busca e apreensão, partiram do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) a pedido da PF. O objetivo dos mandados foi encontrar indícios das supostas fraudes que teriam ocorrido em obras de pavimentação. Conforme a PF, a suspeita é de que em apenas uma das obras R$ 300 mil teriam sido desviados.
A defesa do prefeito afastado informou que desconhece o motivo do afastamento e da operação e que vai requerer o retorno ao cargo. “Solicitamos ao TRF4 o acesso aos autos. Tão logo tenhamos acesso ao processo, recorreremos da decisão que o afastou do cargo, requerendo o seu imediato retorno. Em relação ao mérito, ainda desconhecemos as razões por completo”, informou o advogado Alessandro Abreu.
Com o afastamento de Gustavo, o vice Jair Nandi (PSD) assume interinamente a administração municipal de Urussanga.
Durante a 1ª fase da operação deflagrada na manhã desta quinta-feira, uma pasta com R$ 80 mil em espécie foi apreendida na casa de um dos investigados. A PF não revelou a identidade, mas confirmou que a apreensão não foi na casa do prefeito afastado e que a origem do dinheiro ainda é desconhecida.
Quatro veículos também foram apreendidos, além de celulares, documentos e computadores durante o cumprimento dos mandados em endereços vinculados a empresas e órgãos públicos em cinco cidades do Sul do estado: Orleans, Siderópolis, Tubarão e Criciúma, além de Urussanga. Todo o material será analisado.
“O município de Urussanga está colaborando com a Justiça e oferecendo todos os documentos solicitados, nesse momento, para o completo esclarecimento do caso”, informou a prefeitura de Urussanga em nota.
Segundo a PF, o nome da operação faz alusão às origens italianas, pelas quais “a principal cidade da operação – Urussanga – é popularmente conhecida”.
Se comprovada a fraude, [os investigados] poderão responder pela prática dos crimes de peculato, crime de responsabilidade e organização criminosa.
Fonte: G1