Conforme investigações, os empresários do ramo de saneamento buscavam burlar certames licitatórios
Nesta terça-feira (24/05), a Polícia Civil, deflagrou a Operação Underground, que visa desarticular associação criminosa que fraudava licitações do ramo de hidrojateamento e água servida, envolvendo prefeituras do litoral norte do Rio Grande do Sul. Após nove meses de investigações, hoje foram cumpridas cinco ordens judiciais de busca e apreensão em Canoas e em Torres, na sede da Prefeitura de Torres, sede de empresas e nas residências de investigados.
Conforme investigações, os empresários do ramo de saneamento buscavam burlar certames licitatórios, por vezes esvaziando a concorrência ou criando uma falsa competição entre empresas, a fim de direcionar a licitação para um dos envolvidos. A partir das informações advindas de denúncias, verificou-se que um dos empresários ofereceu a uma representante de empresa concorrente a possibilidade de negociarem uma licitação para que não precisassem ir até o final da sessão concorrendo. Em uma licitação seguinte, verificou-se o surgimento de nova empresa concorrente, criada 1 (um) mês antes, para prestar o mesmo tipo de serviço, sem que tivesse a qualificação necessária para participar da licitação. Constatou-se, ainda, que um dos empresários já teria se utilizado do mesmo modus operandi há anos atrás, em outros estados da federação.
Em nota a Prefeitura de Torres se manifestou sobre a operação:
“Na manhã desta terça-feira, 24 de maio, a Polícia Civil, por meio do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), esteve na sede administrativa da Prefeitura de Torres realizando a Operação Underground. Prontamente foram acompanhados pela Procuradora Geral do Município e do Chefe de Gabinete Municipal. A Prefeitura de Torres mostrando transparência e idoneidade, colabora desde o início da investigação e se coloca a disposição do (Deic). Assim que feita a denúncia por parte de uma das empresas participantes da licitação, a Prefeitura no dia 18 de junho de 2021, suspendeu a mesma, encaminhou a Ata para a Delegacia de Polícia e por determinação do Prefeito, foi instaurado um Processo Administrativo Especial (Pae), para que a prefeitura também apure os fatos. A operação deflagrada pela Polícia Civil investiga supostas fraudes por parte de empresários em licitações do ramo de hidrojateamento e água servida, conforme anunciado pelo (Deic)”.