O dinheiro move o mundo
Eu não gostaria de reconhecer, mas não há como negar que o progresso da Ciência, até hoje, foi pela ambição, com raríssimas exceções, por exemplo: – O Dr. Jonas Edward Salk (1914/1995), médico pesquisador norteamericano, inventor da vacina antipólio (“Vacina Salk”), que não buscava fama ou fortuna com suas descobertas. É lembrado como tendo dito: “A quem pertence a minha vacina? Ao povo! Você poderia patentear o Sol?”
Já o Dr. Alexander Fleming (1881/1955), médico bacterologista escocês, inventor da Penicilina, não patenteou sua descoberta, pois achava que assim seria mais fácil a difusão de um produto necessário para o tratamento das numerosas infecções que castigavam as populações. Estes dois casos aqui citados são exceções. Vejamos a seguir.
As pressões financeiras desempenharam papel preponderante no progresso da Ciência, orientando seus rumos. O uso do telescópio por Galileu Galilei (1564/1642) no estudo dos astros foi movido por dinheiro. Quando ouviu falar sobre o novo e maravilhoso invento holandês, “o óculo espião”, prontamente agiu, porque estava em difícil situação financeira. Adquiriu algumas lentes e inventou o Telescópio. Assim, observando a Lua e Júpiter constatou que Nicolau Copérnico (1453/1543) tinha razão: A Terra não era o centro do Universo e nem do Sistema Solar.
Outro exemplo fascinante foi a Invenção da Imprensa; a máquina de impressão com tipo móveis fundidos em metal por Johanes Gutenberg (1395/1468). Antes dela o conhecimento era muito limitado pelo alto custo e demora na produção de livros, pois eram copiados à mão. Depois veio uma impressão rudimentar; letras e figuras em alto relevo sobre placas de mármore, metal ou madeira. A invenção de Gutenberg permitiu que o conhecimento científico se propagasse com velocidade e facilidade, para todas as pessoas, através da produção de livros, jornais e revistas.
Tudo que eu estudei sobre descobrimentos, inventos e aperfeiçoamentos, tais como as grandes navegações, o uso do carvão mineral e da energia a vapor (Revolução Industrial) os modernos meios de transportes, a eletricidade, o telefone, o rádio, televisão e a informática, tudo foi com o objetivo de pôr no mercado algo que desse lucro. É por esta razão que os regimes capitalistas liberais são os preferidos pela grande maioria das nações.
Para que haja progresso da Ciência é necessário quê, antes, surjam necessidades; a fome, as doenças; o alto custo dos bens e quaisquer outras dificuldades para a sobrevivência humana. E o que temos hoje? Senão o alto custo do petróleo, dos fertilizantes e as epidemias? Então, se preparem: muitas coisas novas vêm por aí. Só um exemplo, para encerrar: os veículos elétricos.
