Revolução Francesa (14 de julho)
A Revolução Francesa foi um dos acontecimentos mais importantes da História. Durou cerca de dez anos, mas o seu dia é o 14 de julho de 1789, em virtude da Queda da Bastilha”, ocorrida nesta data. A Bastilha era uma cadeia para presos políticos, em Paris. O prédio era um símbolo da tirania da monarquia. Já a partir do Século XIV, com os Humanistas, e depois no Século XVIII, com os Iluministas, a humanidade viu que poderia melhorar a vida dos homens, se conseguisse implantar uma nova filosofia de vida, pois, desde a Idade Média (476/1453 d.C.) a Europa era governada por monarquias absolutistas com apoio da Igreja. A filosofia cristã da Igreja fora deturpada para satisfazer interesses da Igreja e da Monarquia. O povo era relegado a um regime de abandono e miséria.
A Igreja tinha dogmas rígidos e usava do seu poder e o do estado para impedir que fossem contrariados. Os cientistas eram proibidos de pesquisar e divulgar descobertas que contrariassem as escrituras sagradas e os interesses do estado, sob alegação de que tudo o que existia, acontecia ou estava por acontecer dependia só da vontade de Deus. Caso assim não o fizessem seriam julgados e punidos com extrema crueldade, torturas e morte. Vide Giordano Bruno e Galileu Galilei.
A evolução do pensamento humano, entretanto, não se detém. Mesmo com o regime repressivo daquela época, no Século XIV, surgiu um grupo filosófico chamado “Humanista”. Foi a primeira tentativa coerente de elaborar uma concepção do mundo cujo centro fosse o próprio homem. “O homem é a medida de todas as coisas”, pregavam. Depois, já no Séc. XVIII, surgiu uma nova corrente filosófica que ampliou e aperfeiçoou essa ideia, chamada “Iluminismo”. Para esta, mesmo sem abandonar de todo a religião, o pensamento e as atitudes humanas deveriam ser orientados pela razão, pela ciência e pela comprovação científica. Este foi o pensamento que orientou a Revolução Francesa, consubstanciado nas palavras Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
O Iluminismo trouxe-nos: a Independência dos Estados Unidos (1776), a Revolução Francesa (1789) e a libertação de muitos povos, inclusive o Brasil. Na Revolução Francesa morreram na guilhotina: O Rei Luiz XVI, a esposa Rainha Maria Antonieta, milhares de franceses e o próprio líder da revolução, Robespierre que mandara guilhotinar muita gente. É uma história fascinante, que trouxe muitos benefícios, mas também extrema violência e selvageria. Tudo tem seu preço. Pena é o pouco espaço que tenho aqui. Devemos aos filósofos Iluministas a ideia de liberdade de pensamento, de expressão e de todos os demais “direitos do homem e do cidadão” que hoje existem, ou deveriam existir, em todos os povos civilizados.