Faltando menos de dois meses para o Brasil sediar a Cúpula de Líderes do G20, no Rio de Janeiro, uma pesquisa revelou que 38% dos brasileiros acreditam que o país se tornará uma das nações mais poderosas do mundo no futuro. Além disso, para 23% da população, o Brasil já é uma potência global.
A pesquisa entrevistou 1.054 pessoas presencialmente, entre 26 de janeiro e 11 de março deste ano.
O encontro do G20 ocorrerá no Rio de Janeiro, nos dias 18 e 19 de novembro, sendo a primeira vez que o Brasil sedia o evento com representantes das maiores economias do mundo.
Cresce a satisfação com a democracia no Brasil
Outro dado relevante do levantamento mostra um crescimento na satisfação com a democracia: 44% dos brasileiros afirmam estar satisfeitos com o regime democrático, um salto de 16% em relação a 2017, quando o índice era de apenas 28%. Além disso, 59% dos entrevistados consideram a democracia representativa melhor que outras formas de governo.
Polarização e divisão social
O estudo também destaca que 80% dos brasileiros percebem fortes conflitos entre partidários de diferentes posições políticas, enquanto 61% apontam divisões entre diferentes raças e etnias, e 57% veem tensões entre pessoas de distintas crenças religiosas.
Outros achados
A pesquisa revela que 67% dos brasileiros acreditam que grandes empresas estrangeiras têm um impacto positivo no país. Já 60% avaliam de forma positiva o papel da polícia, das Forças Armadas, dos bancos, dos líderes religiosos e da mídia. No entanto, o Judiciário divide opiniões: 45% consideram sua influência positiva, enquanto 47% enxergam uma influência negativa.
O que é o G20?
O G20 é composto por 19 países e a União Europeia, incluindo África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia, além da União Africana, que passou a integrar o grupo recentemente.
Criado em 1999, em meio a uma crise econômica global, o G20 inicialmente reunia ministros das finanças dos países membros. Hoje, as cúpulas anuais entre chefes de Estado são organizadas pelo país que detém a presidência rotativa do grupo, sendo esta mais uma função simbólica.