Na madrugada desta segunda-feira, dia 2, a cidade de Jaguaruna foi surpreendida por uma maré alta que gerou danos significativos, especialmente nos balneários Campo Bom, Arroio Corrente e Esplanada, que foram as áreas mais afetadas.
O coordenador da Defesa Civil de Jaguaruna, Maicon Laureano, explicou que o levantamento dos danos ainda está em andamento e que não há informações precisas sobre a altura das ondas. “A equipe de monitoramento está avaliando a extensão do fenômeno, que pode ser classificado como um ‘tsunami meteorológico’. A previsão indica que a onda pode ter se estendido entre 10 e 15 quilômetros”, afirmou.
O climatologista da estação de Urussanga da Epagri, Márcio Sônego, atribui o fenômeno à fase lunar intensa, que naturalmente provoca um aumento na maré, combinado com uma baixa pressão atmosférica que intensificou o fenômeno. “A pressão atmosférica atingiu 998 hectopascais devido à passagem de uma frente fria, gerando uma elevação inesperada do nível do mar”, explicou Sônego, caracterizando o evento como um “tsunami meteorológico”, termo usado para descrever fenômenos provocados por condições atmosféricas.
Apesar dos danos, as dunas entre a área urbanizada e a faixa costeira funcionaram como uma barreira natural, limitando a extensão do impacto. Laureano destacou que, com base nas dunas e na área afetada, a onda pode ter se estendido por cerca de 10 quilômetros.
Os prejuízos registrados em Jaguaruna foram exclusivamente materiais, com muros quebrados, vidros danificados, entulho espalhado pelas ruas e água invadindo algumas casas. As equipes de limpeza já estão atuando para normalizar a situação e minimizar os transtornos para a população.