Entenda a classificação de cada um deles
Recentemente, astrônomos do mundo todo se mobilizaram para analisar a probabilidade do asteroide 2024 YR4, com tamanho estimado entre 40 e 90 metros de comprimento, entrar em colisão com nosso planeta. Embora seja raro um meteoro com grandes proporções atingir a Terra (como o que levou os dinossauros à extinção), a queda de corpos celestes na atmosfera terrestre é um evento frequente.
A NASA (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço) estima que cerca de 48,5 toneladas de material meteórico caem na Terra diariamente. Entretanto, a maior parte desses materiais se desintegra na atmosfera, deixando atrás de si um lastro brilhante que comumente chamamos de “estrela cadente”. Apesar do nome popular, não se trata de uma estrela e sim de um meteoro. Entenda melhor a classificação desse e dos demais corpos celestes abaixo.
Meteoros, meteoritos, cometas e asteroides são diferenciados de acordo com sua composição e situação no espaço. Os corpos celestes – que podem ser rochosos, metálicos ou ambos – são classificados como meteoros apenas quando penetram a atmosfera terrestre. Enquanto estão no espaço sideral, são denominados meteoroides. Os meteoroides são fragmentos gerados a partir de uma colisão entre corpos maiores (como asteroides e cometas), que variam de tamanho: podem ter a dimensão de um grão de areia ou de um bloco de 10 metros.
Quando adentram na atmosfera da Terra, a alta velocidade produz calor suficiente para gerar um rastro luminoso no céu e se desintegrar. A partir desse momento, passam a ser chamados de meteoros. Devido ao lastro de luz que deixam no caminho, muitas vezes são confundidos com cometas e, popularmente, são conhecidos como “estrelas cadentes”.
Os meteoritos são muito parecidos com os meteoros. A diferença é que os meteoritos conseguem “sobreviver” à viagem pela atmosfera terrestre e chegar até o solo. Após adentrarem a camada mais externa que envolve a Terra, o corpo rochoso passa a contar com um aspecto de pedra queimada.
Já os cometas são corpos que orbitam o Sol. Em vez de serem rochosos, os cometas são compostos de gelo e poeira. Ao se aproximarem do Sol, o gelo e a poeira dos cometas se transformam em vapor, gerando gases e poeira que também criam uma cauda luminosa, característica dos cometas. Alguns têm órbitas regulares, como o famoso cometa Halley, que pode ser observado da Terra a cada 76 anos.
Por fim, os asteroides são corpos que orbitam o Sistema Solar e são menores do que planetas, mas maiores que meteoroides. Eles são compostos por minerais e metais e possuem tamanhos variados: podem medir desde 1 metro até quase mil quilômetros de diâmetro, geralmente com formatos irregulares. Grande parte dos asteroides conhecidos estão localizados em órbitas bem definidas, principalmente na região conhecida como Cinturão de Asteroides, que fica entre as órbitas de Marte e Júpiter.
Texto: Mariana Machado (Jornalismo)