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PolíticaEntidades cobram ações para evitar novas cheias do Rio Tubarão

Entidades cobram ações para evitar novas cheias do Rio Tubarão

O XVI Seminário da Enchente de 1974 foi realizado nesta segunda-feira (24), no auditório da Associação de Municípios da Região de Laguna (Amurel), reunindo especialistas, autoridades municipais e estaduais para discutir ações efetivas de prevenção a novas tragédias. Com o tema “Memória, prevenção e reação eficientes”, o evento destacou a necessidade urgente de atualizar o projeto de dragagem do Rio Tubarão, considerado fundamental para aumentar a vazão da água e reduzir os riscos de enchentes na região.

Organizado pelo Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão, do Complexo Lagunar e Bacias Contíguas, o seminário ocorre anualmente no mês de março, conforme prevê a legislação municipal. Durante o evento, o secretário municipal de Proteção e Defesa Civil e secretário executivo do Comitê, Rafael Marques, apresentou um histórico das enchentes que atingiram Tubarão ao longo das décadas, incluindo os episódios mais recentes, registrados em 2022 e 2023.

Segundo Marques, a região continua altamente vulnerável, e a demora na atualização do projeto de dragagem compromete a segurança da população. “Nosso objetivo é sensibilizar o Governo do Estado para que atualize, o mais rápido possível, o Projeto de Redragagem do Rio Tubarão, feito em 2013 e que precisa ser revisto para que a obra possa avançar”, afirmou.

Representando o secretário estadual de Proteção e Defesa Civil, Mário Hildebrandt, o coordenador regional da pasta, Eron Flores, abordou a situação da atualização do projeto. Já o presidente do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão, Woimer José Back, reforçou a importância do envolvimento dos municípios em ações de prevenção e mitigação de enchentes. “Ainda não tivemos o avanço esperado, mas nosso papel é alertar as autoridades sobre os riscos que a região enfrenta. Precisamos trabalhar de forma contínua na preservação e melhoria dos recursos hídricos para evitar tragédias como a de 1974”, pontuou.

O coordenador da Comissão de Acompanhamento dos Projetos de Contenção de Cheias na Bacia do Rio Tubarão, engenheiro Claudemir Souza dos Santos, também destacou a urgência da redragagem. Além disso, o diretor executivo da Amurel, Celso Heidemann, e o fundador da SmartCity Tec, Gilsoni Lunardi Albino, apresentaram o Projeto Amurel Conectada, que busca soluções inovadoras para a gestão ambiental e urbana da região.

O evento contou com a presença de diversas autoridades, incluindo o prefeito de Tubarão, Estêner Soratto da Silva Júnior, o vereador Maurício da Silva, autor da lei que instituiu o seminário anual, e representantes de entidades como a Associação dos Pecuaristas de Tubarão e Região, o Instituto do Meio Ambiente (IMA-SC) e a Associação Empresarial de Imbituba (ACIM).

Reinauguração de monumento histórico

Como parte da programação do seminário, foi realizada a reinauguração do monumento em homenagem às obras de dragagem e retificação do Rio Tubarão, realizadas pelo Governo Federal entre 1978 e 1982. A estrutura, localizada na Praça Orlando Francalacci, no Centro de Tubarão, passou por uma revitalização, com recuperação das peças metálicas e reinstalação das placas descritivas.

O monumento simboliza o esforço de controle das cheias do rio e foi construído com partes do equipamento utilizado na dragagem, reforçando a importância da manutenção e do monitoramento constante para evitar desastres como o ocorrido há 51 anos.

A enchente de 1974

O dia 24 de março de 1974 marcou a maior tragédia natural da história de Tubarão. Após dias de chuvas intensas, o nível do Rio Tubarão subiu rapidamente, alagando quase toda a cidade. Durante três dias, 90% do município permaneceu submerso, deixando 60 mil desabrigados e três mil casas destruídas. A enchente atingiu 13 cidades do Sul de Santa Catarina e, até hoje, não há confirmação oficial sobre o número total de vítimas.

O seminário reforçou a necessidade de ações concretas para evitar que eventos semelhantes voltem a se repetir, destacando a urgência de investimentos e da articulação entre os municípios, Estado e União na implementação de medidas preventivas.

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