Aplicativo criado por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria permite monitoramento em tempo real de mais de 500 propriedades no entorno da granja infectada, otimizando a resposta à crise sanitária.
Em meio ao esforço para conter a disseminação da gripe aviária no interior do Rio Grande do Sul, uma solução desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) tem sido fundamental para os trabalhos das equipes sanitárias.
Um aplicativo criado por pesquisadores do Colégio Politécnico da UFSM está sendo utilizado pelas equipes que atuam na zona rural de Montenegro, cidade onde foi registrado um foco da doença. A ferramenta permite mapear, monitorar e agir com precisão, com acompanhamento em tempo real de mais de 500 propriedades rurais.
O governo estadual concluiu na última terça-feira (20) a primeira etapa das inspeções dentro do raio de 10 quilômetros da granja infectada — totalizando 540 propriedades visitadas.
A interface do aplicativo é simples e funcional: áreas marcadas em vermelho indicam propriedades que ainda precisam ser vistoriadas, enquanto as em verde mostram aquelas que já receberam a visita das equipes. Isso permite uma gestão estratégica, evitando a sobreposição de tarefas e identificando as regiões que necessitam de reforço.
O sistema também ajuda a evitar o cruzamento de equipes em rotas já cobertas e a identificar rapidamente onde é necessário reforçar a atuação.
A tecnologia já havia sido empregada no controle do vírus de Newcastle, também em Montenegro, no ano passado. Agora, está sendo aprimorada em tempo real, com base no feedback das equipes em campo.
O governo do RS anunciou que a granja de Montenegro, na Região Metropolitana de Porto Alegre, teve sua limpeza e desinfecção concluídas na noite desta quarta-feira (21).
