A Unesc marcou presença na Conferência Internacional de Justiça Restaurativa 2025, realizada virtualmente pela Governors State University, em Chicago (EUA). O evento, que ocorreu entre 29 de setembro e 3 de outubro, reuniu pesquisadores e profissionais de todo o mundo para discutir a aplicação de práticas restaurativas.
O Programa de Pós-Graduação em Direito (PPGD) da Unesc foi parceiro na organização, ao lado da Universidade de Insubria (Itália), do Consulado Italiano e do Instituto Zehr. O tema central desta edição foi a intersecção da justiça restaurativa com os sistemas judiciais, focando no diálogo, na resolução de danos e na construção de resiliência social.
Educação e Meio Ambiente em pauta
A reitora em exercício da Unesc, Gisele Silveira Coelho Lopes, foi uma das palestrantes, abordando a aplicação da Justiça Restaurativa na educação. “O nosso compromisso hoje é preparar os jovens e as comunidades para que possam transformar o próprio meio a partir do conhecimento… A Unesc é uma Universidade que investe muito, com recursos próprios, em programas e projetos que promovem qualidade de vida, inclusão social, cidadania e a resolução pacífica de conflitos”, destacou.
O professor do PPGD, Daniel Preve, e o mestre Rafael Ramos Rodolfo apresentaram o estudo “Gerenciando Conflitos Ambientais: uma análise do caso da Lagoa da Conceição”. Eles defenderam a importância de métodos alternativos, como a Justiça Ecológica e a Justiça Restaurativa, para resolver problemas ambientais.
O trabalho citou o vazamento de esgoto na Lagoa da Conceição em 2021, ressaltando que soluções sustentáveis dependem do engajamento ativo da comunidade e da responsabilidade das instituições. Segundo o professor Preve, a Justiça Ecológica valoriza o conhecimento local, enquanto a Restaurativa incentiva o diálogo entre as partes impactadas.
Compromisso comunitário
Gisele reforçou que a participação na conferência ratifica o compromisso comunitário da Unesc em promover a qualidade de vida e a justiça social. Ela citou projetos como as Casas da Cidadania e as Clínicas Integradas da universidade, que dialogam com os princípios da Justiça Restaurativa ao enxergar os conflitos como oportunidades de transformação coletiva.