A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) avalia que o encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump na Malásia é uma evolução e demonstra a disposição dos países para negociar as tarifas impostas pelos Estados Unidos. A entidade prevê resultados concretos do diálogo agendado para a noite deste domingo (26) entre o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e os negociadores brasileiros.
O presidente da FIESC, Gilberto Seleme, afirmou que o setor produtivo está em busca de soluções que mantenham a competitividade da indústria brasileira. Ele revelou que a FIESC solicitou a inclusão de mais produtos na lista de isenção de tarifas.
“A expectativa da indústria é que se possa dar continuidade às negociações com base em argumentos econômicos, setoriais e técnicos. A suspensão da sobretaxa de 40% imposta pelos EUA durante o período de negociação é uma das demandas que levamos ao Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços em reunião em Brasília, Geraldo Alckmin”, lembrou Seleme.
Impacto e mobilização contra o “tarifaço”
Desde o anúncio da sobretaxa de 50% sobre as exportações brasileiras, a FIESC tem acompanhado de perto os impactos, que já são visíveis no estado. Em setembro, as exportações de Santa Catarina para os EUA caíram 55% em relação ao ano anterior, totalizando US$ 78,7 milhões.
Um estudo da FIESC prevê que uma queda de 30% nas exportações para os EUA pode resultar em um recuo de R$ 1,2 bilhão no PIB de Santa Catarina e a perda de cerca de 20 mil empregos.
A FIESC atua como interlocutora junto ao governo federal e tem subsidiado o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) com estudos sobre os setores afetados. A entidade lançou o programa desTarifaço para oferecer apoio e informação às empresas exportadoras do estado.












