O aumento de focos do mosquito Aedes aegypti, que atingiram 58.236 em 263 municípios, motivou a intensificação das ações de mobilização da Secretaria de Estado da Saúde (SES) em parceria com os municípios durante o mês de novembro. Os dados do Informe Epidemiológico de 3 de novembro revelam também 128.410 notificações de dengue, com 25.328 casos prováveis e 21 óbitos confirmados neste ano. Outros dois óbitos por dengue estão sob investigação, enquanto 184 dos 295 municípios catarinenses já são considerados infestados pelo vetor.
João Augusto Fuck, diretor da Diretoria de Vigilância Epidemiológica da SES (DIVE), alertou que o cenário é um reflexo da combinação de fatores ambientais e comportamentais. “O desafio é enorme, porque não se trata apenas de eliminar focos, mas de manter uma vigilância constante e um engajamento coletivo. A dengue faz parte da nossa realidade e exige responsabilidade compartilhada entre poder público e comunidade”, destacou Fuck.
Aumento expressivo nos casos de chikungunya
O mesmo informe de 3 de novembro registrou um aumento significativo nos casos de chikungunya. Foram 2.708 notificações, com 812 casos prováveis e 690 confirmados. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando houve 123 casos prováveis, o aumento é de 554,8%. Quatro óbitos pela doença também foram confirmados.
Transmitida pelo mesmo mosquito, a chikungunya manifesta sintomas como febre alta, dores intensas nas articulações, dor de cabeça, cansaço extremo e manchas na pele, podendo levar à internação e óbito, especialmente em idosos e pessoas com comorbidades. A SES reforça que, apesar da mobilização estatal, o envolvimento da população é decisivo para reduzir a propagação da doença.
Ações para eliminar o mosquito
A colaboração da população é essencial para conter a propagação das arboviroses. Medidas simples devem ser adotadas para evitar a proliferação do Aedes aegypti:
- Evitar o acúmulo de água de chuva em recipientes como pneus, tampas de garrafas, latas e copos.
- Não acumular materiais descartáveis em terrenos baldios e pátios.
- Tratar piscinas com cloro ou esvaziá-las completamente se não estiverem em uso.
- Manter lagos e tanques limpos ou criar peixes que se alimentem de larvas.
- Lavar com escova e sabão as vasilhas de água de animais de estimação pelo menos uma vez por semana.
- Colocar areia nos pratinhos de plantas e remover a água acumulada em folhas duas vezes na semana.
- Manter lixeiras tampadas, não acumular lixo/entulhos e guardar pneus em local seco e coberto.












