A Pain Cave Academy, startup vinculada ao Centro de Inovação CRIO, conquistou o 3º lugar no Super Pitch Day da 6ª edição do Programa Nascer. O evento, realizado no auditório do Sebrae/SC em Florianópolis neste último sábado (29), reuniu as 15 melhores ideias finalistas do estado e celebrou o empreendedorismo inovador.
A startup, representada por Tais Guzzatti De Moliner e Joel Arantes de Bem Junior, destacou-se com um ecossistema inteligente voltado a atletas de provas de longa distância, como triathlon e maratonas. O modelo integra tecnologia e humanização de forma escalável para equilibrar corpo, mente e propósito.
Da experiência pessoal à automação global
A empreendedora Tais Guzzatti De Moliner relatou que a empresa nasceu de sua própria vivência. “Eu morava na Alemanha e pesquisei sobre triathlon, porque sempre amei esporte e queria me desafiar. Encontrei os planos do Joel, treinador certificado Ironman, na plataforma TrainingPeaks, que hoje é um dos nossos parceiros tecnológicos. Conheci ele nas férias no Brasil e começamos a estruturar a ideia. Nosso público-alvo são empresários, pessoas de alto poder aquisitivo que desejam adotar o esporte como estilo de vida”, contou Tais.
A startup desenvolveu uma plataforma que mapeia provas no mundo e permite o disparo automático de planos de treinamento personalizados em três idiomas. Tais detalhou a evolução: “Ele vendia sozinho, sem automação. Eu entrei como administradora e me tornei atleta também. Hoje temos a Pain Cave Academy, um ecossistema completo para praticantes de endurance. Nosso MVP já está validado, com automação própria, e permite o mapeamento de provas no mundo inteiro, com disparo automático de planos personalizados de treinamento em três idiomas”.
A startup atua por meio de um sistema de assinaturas que oferece curadoria de especialistas (médicos, nutricionistas e neurocientistas), comunidade, interação e gamificação. Atualmente, a empresa busca captação de recursos para expandir.
Programa nascer e apoio à inovação
A gerente de Inovação da Unesc, Elenice Engel, reforçou a relevância do programa. “É fundamental o programa de pré-incubação. Ele pega aquela ideia que ainda está no CPF e ajuda a virar um CNPJ. Dá musculatura para entender o negócio, verificar sua viabilidade e oferece suporte essencial. Além disso, os participantes têm acesso a recursos importantes para tirar a ideia do papel”, destacou.
O presidente da Fapesc, Fábio Wagner Pinto, comentou sobre o investimento no futuro. “Os recursos de subvenção são fundamentais para que essas ideias avancem para o mercado. É gratificante ver empreendedores catarinenses desenvolvendo soluções competitivas e alinhadas ao cenário tecnológico global”, afirmou.
O secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, Edgard Usuy, destacou o caráter estratégico do evento. “A inovação só acontece quando há articulação entre governo, academia e empreendedores. O Super Pitch Day traduz exatamente esse espírito colaborativo e evidencia que Santa Catarina está preparada para protagonizar os movimentos que moldarão os próximos anos da economia e da tecnologia”, destacou.












