A reunião realizada nesta quarta-feira (3) no Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) frustrou as expectativas do SindArroz-SC (Sindicato das Indústrias de Arroz de Santa Catarina). A entidade criticou duramente o Governo Federal por não apresentar medidas concretas para enfrentar a grave crise que atinge o setor orizícola, alertando para um “desmonte silencioso”. O encontro em Brasília foi articulado pela deputada federal Geovânia de Sá.
O presidente do SindArroz-SC, Walmir Rampinelli, classificou a reunião como improdutiva. “O Governo Federal ignorou a gravidade do momento. Não apresentou uma única proposta nova. Limitou-se a repetir medidas já conhecidas, que não surtiram o efeito necessário até agora. A ausência de ações concretas nos leva a crer que o governo está confortável com o desmonte silencioso que está ocorrendo no setor,” declarou Rampinelli.
Prejuízos e a inviabilidade da operação
As indústrias de arroz enfrentam forte queda nos preços e prejuízos acumulados. Rampinelli alertou que, sem resultado econômico, as empresas terão dificuldade em se manter. “Os ativos das empresas exigem manutenção constante. Sem resultado econômico, não há como sustentar a operação. Temos tentado evitar demissões, mas o ponto de equilíbrio está se tornando inviável,” destacou.
A entidade segue em seu compromisso com a defesa da cadeia produtiva, mas cobra respostas imediatas. Rampinelli concluiu: “Continuaremos atuando com firmeza, cobrando respostas à altura da crise e promovendo articulações institucionais que tragam soluções reais para quem transforma o arroz em alimento, emprego e desenvolvimento para o Brasil”.
O SindArroz-SC e outras entidades, como a Abiarroz e o IRGA, promovem uma campanha nacional para incentivar o consumo de arroz, mas reforçam que ações estruturantes não substituem a necessidade de respostas emergenciais do governo.
A reunião contou com a presença de diversas lideranças, incluindo o senador Esperidião Amin, os deputados federais Luiz Fernando Vampiro e Rafael Pezenti, e o secretário de Estado da Agricultura de SC, Carlos Chiodini.












