Membros do Colegiado de Agricultura e Meio Ambiente integrantes dos municípios da região do extremo sul analisaram perspectivas para o setor. Captação de recursos e as perspectivas de quais necessidades podem ser enquadradas permearam o diálogo nesta terça-feira. Também foram elencados os projetos voltados a quem teve prejuízos com as intempéries climáticas das últimas semanas.
Sete municípios (Ermo, São João do Sul, Santa Rosa do Sul, Sombrio, Jacinto Machado, Timbé do Sul e Morro Grande) têm disponibilizado R$430 mil para revitalização de propriedades atingidas pelo ciclone e chuvas, sendo que cada agricultor poderá pedir até R$ 10 mil através do projeto Recupera SC/FDR, em um programa com até cinco anos para pagar e possibilidade de 50% de desconto para quem fizer os pagamentos em dia. Os municípios foram credenciados através de questões como danos, IDH e PIB. O auxílio visa recuperar estruturar e na mitigação dos efeitos causados, visando a continuidade dos processos produtivos.
Outro projeto disponível, desta vez para todos os municípios que tiveram propriedades atingidas, é o Programa Recupera SC – Menos Juros. Inclui auxílio de até R$ 40 mil por propriedade com renda anual de no máximo R$ 415 mil. Todos os dois projetos podem ser buscados mais informações através das secretarias de Agricultura e da Epagri.
A AMESC (Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense), passa a contar com um responsável pela área de captação de recursos e de convênios: Francisco Álvaro Verissimo. Francisco apresentou a possibilidade de captação de recursos do Ministério da Agricultura, da ordem de até R$ 1 milhão para aplicação nos municípios dentro da área de Agricultura Familiar. Esta captação é possível através do CIMGEPA (Consórcio Intermunicipal Multifinalitário de Gestão Pública da AMESC). A proposta será construída para que o cadastramento possa ser feito no tempo hábil.
O responsável pelo setor de Movimento Econômico da AMESC, Ailson Piva, observa que a agricultura é o setor que traz o embasamento econômico regional, sendo que aponta boas perspectivas diante de toda a situação dos últimos meses. “Há muita dificuldade econômica frente a questões como a crise da pandemia e intempéries, mas o extremo sul está em vantagem com uma agricultura sólida, na qual as pessoas se mantêm em necessidade de atendimento. Aproveitar estes recursos para as áreas que foram afetadas, especialmente como a bananicultura, e fazer esta organização das demandas, fará com que desenhamos um cenário ainda mais positivo para a região”.