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Destaques60 % da população sente a covid-19 no bolso

60 % da população sente a covid-19 no bolso

O economista Gean Duarte, analisou para a nossa reportagem o aumento do custo de vida na pandemia. Segundo ele: “O aumento desses itens é reflexo do isolamento social, as pessoas tiveram que adaptar suas casas, pois precisam passar mais tempo nelas e, consequentemente, consumir mais alimentos, bebidas, produtos de higiene e limpeza. Isso também explica o aumento do gasto com energia e água.
É a famosa lei da oferta e demanda agindo. Como aumentou a demanda e, consequentemente, diminuiu a oferta desses produtos, maior o preço de venda.
O isolamento social aumentou a demanda por esses produtos e serviços essenciais e com ela, os preços”, conclui.
Para 60% dos brasileiros, os gastos com alimentos, produtos e serviços para si e suas famílias aumentaram desde o início da pandemia do novo coronavírus. Este é o resultado da pesquisa Ipsos Essentials: Cost of Living Amid Covid-19, realizada pela Ipsos com 18 mil entrevistados – sendo 1.000 do Brasil – de 26 países. Enquanto seis em cada 10 notaram uma alta no custo de vida, 15% disseram que os gastos diminuíram e 25% não sentiram diferença alguma nas contas no fim do mês.
O impacto da covid-19 para a população brasileira é muito similar à média global. Considerando o total de participantes do estudo, 60% relataram aumento nos gastos, 12% perceberam uma diminuição e 29% disseram que os custos são os mesmos de antes da pandemia.

O que pesa no bolso?

Na percepção dos entrevistados brasileiros ouvidos pelo levantamento, as compras de mercado – alimentação e produtos de limpeza – são as que mais alavancaram a alta nos custos durante a pandemia: 65% disseram ter tido gastos maiores nesses itens. Para 29%, permaneceram iguais e, para apenas 6%, os gastos diminuíram.
Os custos fixos, como serviços de água, energia e gás, também estão entre os que mais cresceram, na opinião dos participantes do Brasil. Para 46%, houve aumento nessas contas, 45% disseram estar iguais e 9% tiveram diminuição nos gastos. Já o valor dispendido em impostos ficou maior para 33%, enquanto 7% relataram queda nos custos e 60% não notaram diferença.
Em contrapartida, outras despesas ficaram menos custosas. É o caso dos gastos com transporte que, para 35% dos brasileiros, estão menores. Se mantêm os mesmos para 42% e aumentaram para 23%.
Diminuíram também, para 34% dos entrevistados, os custos com roupas, sapatos e acessórios. Já 20% disseram que estão gastando mais e 46% não perceberam nenhuma mudança no bolso.

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