A Acaert lamenta os fatos e afirma que as ameaças ferem a liberdade de imprensa, garantida por lei
Nesta quarta-feira, 02 de novembro, a Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acaert) emitiu uma nota de repúdio em decorrência de ameaças e intimidações sofridas por jornalistas durante cobertura das manifestações em Santa Catarina.
Em nota, a Acaert lamenta os fatos e afirma que as ameaças ferem a liberdade de imprensa, garantida por lei.
Na tarde desta terça-feira, (01/11), o diretor da Rede Amorim Comunicações, Carlos Wagner dos Santos Amorim (Cacai), foi insultado, ameaçado e as empresas foram citadas como opostas aos manifestantes. No momento em que iria fazer a cobertura da manifestação em Santa Rosa do Sul alguns manifestantes lhe ofenderam e pediram para que ele saísse do local. Um vídeo mostrando as intimidações tem circulado em grupos de WhatsApp.
Nossas empresas sempre trataram de forma imparcial partidos, simpatizantes, dando inclusive espaço igualitário antes, durante e pós eleições. Reafirmamos nosso compromisso com a informação, sem distorções e dentro do que apregoa o jornalismo. Somos a favor de todo ato e manifestação pacifica e ordeira.
Abaixo a nota de repúdio divulgada pela Acaert:
A Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão – ACAERT considera inaceitável que profissionais de comunicação sejam vítimas de atos de violência, ameaça e tentativa de impedimento do exercício da sua profissão.
Nesta semana, durante as manifestações que bloquearam diversos pontos das estradas de Santa Catarina, equipes de emissoras de rádio e televisão foram hostilizadas, ameaçadas e impedidas de levar os fatos à sociedade catarinense.
Atitudes como essa acabam depondo contra o próprio movimento, impedindo que as suas reivindicações cheguem ao conhecimento de toda a população, de maneira democrática, com apuração séria e imparcial.
A ACAERT condena toda manifestação que não seja pacífica e ressalta que qualquer tipo de intimidação, violência e tentativa de constranger os meios de comunicação em sua missão de informar à população configura atentado contra a liberdade de imprensa e o direito fundamental do acesso à informação, garantias previstas na Constituição Brasileira.
O rádio e a TV, veículos essenciais da mídia regional, sempre presentes no dia a dia defendendo as causas para o bem comum da sociedade, não podem ser cerceados do direito de fazer o seu trabalho, o que também caracteriza um crime contra a democracia.
Que as autoridades apurem com rigor todos os fatos ocorridos e solucionem de maneira firme, porém pacífica, este impasse para o bem de toda a população. Nossa solidariedade a todos os profissionais e emissoras envolvidos nestes tristes episódios.