Para consumidores de baixa tensão (em geral, residências), o aumento médio é de 5,83%
A Agência Na00cional de Energia Elétrica (Aneel) deliberou nesta terça-feira (17) sobre o reajuste de tarifa concedido anualmente à Celesc em Santa Catarina. O órgão autorizou a empresa catarinense a reajustar a tarifa em 5,65%, em média. O percentual entre em vigor a partir do próximo domingo (22).
Pela decisão da Aneel, o percentual de 5,65% é o reajuste médio para os consumidores catarinenses ligados à Celesc. Para consumidores de baixa tensão (em geral, residências), o aumento médio é de 5,83%, e para os consumidores de alta tensão (em geral, empresas e indústrias), o aumento médio é de 5,34%.
Segundo a Aneel, o consumo de baixa tensão tem tido variação maior do que o de alta tensão e, assim, gerado mais demanda à rede elétrica. Com isso, o aumento foi maior para este grupo.
Entre os itens que compõem os critérios de reajuste está o aumento do custo de energia (+1,8%), de encargos setoriais (+1,5%), de componentes financeiros (+1,4%), da retirada dos financeiros anteriores (+1,2%), e de distribuição (+0,9%). O único item com redução foi o custo de transporte (-1,3%).
Com a revisão, o valor do custo do MW/h da Celesc passa de R$ 69 para R$ 71. O valor é um dos menores do país, que tem média de R$ 160 o MW/h.
O reajuste ficou abaixo da inflação do período: a tarifa variou positivamente em 5,65%, contra 8,99% do IPCA, aponta a Aneel.
A deliberação faz parte do reajuste anual que considera o custo de produzir, distribuir e transportar energia pela Celesc. A revisão ocorre sempre em agosto. Apesar disso, a tarifa sofreu reajustes durante o ano devido à aplicação de bandeira vermelha, que implica em cobrança extra para períodos de crise hídrica ou dificuldade de produzir energia.
A Celesc tem cerca de 3 milhões de consumidores em 285 cidades do Estado. A cobertura é de 92% do território catarinense.