Feriado Cristão movimenta peixarias da região
Moradores e turistas enchem os corredores do Mercado Público Municipal de Florianópolis à procura de variados peixes e frutos do mar. Mesmo com o movimento tradicional do local, o número de pessoas que circulam pelo Mercado Público da capital aumenta nos dias próximos à Páscoa. São clientes fazendo compras para a Sexta-feira Santa, data em que, tradicionalmente, os cristãos optam pelo consumo de peixe.
O vendedor Sergio Murilo de Assis Júnior foi contratado por uma peixaria do mercado público, exclusivamente, por conta do aumento da demanda nesta época. “O pessoal compra mais camarão, mas também estão procurando bastante tainha e corvina”, relata o vendedor sobre as preferências dos clientes.
Com os olhos atentos aos preços nas vitrines das peixarias, a professora aposentada Renilze Franzoni conta que, ao longo de todo o ano, come mais carne do que peixe. Manezinha da ilha, ela comemora o preço do camarão, que está baixo devido à boa safra. “Eu sou mais a base do camarão que eu gosto, outro peixe pra pode ser qualquer um, desde que seja um preço mais acessível. Eu gosto muito da tilápia”, conta.
Proprietário de uma peixaria no Mercado Público, Marcelo Jaques revela estar surpreso com o sucesso das vendas da tilápia. “Um peixe de água doce no mercado público da ilha, sendo o carro chefe, surpreende”, diz ele. Marcelo explica, também, que está animado com as vendas, porque esta é a primeira Semana Santa com um cenário mais favorável em relação à pandemia.
Peixes de água doce
Segundo a Epagri, Santa Catarina é o quarto produtor nacional de peixes de água doce, com 32 famílias na atividade. Na safra de 2019/2020 foram produzidas 46 milhões de toneladas, o que gerou um movimento de R$ 222 milhões. As tilápias lideram o mercado e respondem por 76% dessa receita.
Em muitos municípios onde o consumo de peixe não é tão comum, durante a Semana Santa é tradicional a realização de feiras do peixe vivo, a exemplo de Lages, na Serra, e Chapecó, no Oeste.
Em Lages, a Feira do Peixe Vivo é promovida pela Prefeitura e, neste ano, a expectativa é comercializar mais de 15 mil quilos de peixe. A feira acontece em frente ao Mercado Público Municipal, no Centro, e no estacionamento do ginásio Ivo Silveira, no Bairro Sagrado Coração de Jesus.
Em Chapecó, a feira acontece em 23 pontos de comercialização. De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Rural, são 14 produtores que devem comercializar cerca de 50 toneladas de pescado, gerando um movimento de R$ 1 milhão para a cidade.