No sábado tive um encontro muito especial com educadores focados em buscar estratégias para gerir melhor seu tempo. Eu fui apenas uma mediadora, as técnicas e percepções vieram da coach comportamental sistêmica Mariana Nichele. E queria destacar aqui alguns pontos especiais para cada colega educador que precisa que 2021 funcione melhor do que 2020.
Quando eu penso em gestão do tempo, produtividade, é difícil conectar esses termos com educação. Essas expressões são mais comuns no universo corporativo, e se tem uma coisa que escola não é – ou não deveria ser – é apenas mais um negócio. Educação é sociedade, é cidadania, é tanta coisa que não cabe no escopo de uma empresa.
Aí fiquei: caramba, como esses conceitos já tão arraigados no “corporativês” podem ajudar nossos educadores, e a nossa educação? E a Mariana me trouxe a chave que faltava: o autoconhecimento. Independentemente da função de cada um, ao conhecer-se é possível compreender comportamentos, e a partir daí potencializar a execução das nossas tarefas com base nas nossas características mais particulares.
Parece confuso, mas vou exemplificar: uma pessoa muito imperativa, que tem necessidade de controlar muito (e muito professor é assim, viu…), acaba tendo dificuldades na hora de delegar tarefas, e acaba sobrecarregado. Sabendo dessa característica pode-se ,por exemplo, quando se sentir sobrecarregado, fazer uma análise das tarefas e verificar seu grau de importância e de delegabilidade. Ou, em outro estágio, reconhecendo essa tendência, aceitar menos projetos ou ainda sugerir que outro educador se junte a um projeto.
Já aquele educador passivo, que não sabe dizer não, pode se ver na mesma sinuca de bico, por assumir passivamente mais tarefas do que consegue executar. Ambas as situações geram uma sensação de frustração. E isso baixa a autoestima de qualquer um.
Percebemos que muitos educadores trouxeram demandas similares em nosso grupo, e com uma particularidade que nos deixou um tanto quanto pensativas… Muitos educadores demonstraram baixa autoestima, ao mesmo tempo em que trouxeram como principal motivação o desafio. E essas duas respostam não fazem muito sentido juntas…
2020 foi um ano de desafios para todos, em especial para quem educa em ambientes que demandaram trabalho remoto em mais de um formato, como aulas online ao vivo, aulas gravadas e ainda material impresso. Mas esse não é um desafio que move, é um desafio que nos foi imposto.
Então, colega, para que 2021 seja desafiador de um jeito bom, para melhorar sua autopercepção, busque nesse recesso tão merecido estratégias de relaxamento que envolvam autoconhecimento. Assim você certamente vai conseguir gerir melhor seu tempo e suas tarefas, fazendo com que se sinta a pessoa incrível que eu sei que você é!
