Na madrugada de quarta-feira (30), os pais Richele e Suelen Gnatta Cardoso estavam a espera de João, seu segundo filho que surpreendeu ao nascer fora do horário marcado, em meio aos fortes ventos causados pelo “ciclone bomba”. A cesariana estava marcada para acontecer às 13h no Hospital Dom Joaquim em Sombrio do dia (01).
Em entrevista à nossa equipe, a mãe conta como foi essa história inédita: “Estava tranquila, pois já sabia do horário do nascimento, porém em um determinado momento o vento começou a ficar muito intenso, e logo em seguida começaram os barulhos de telhas e objetos sendo destruídos pelo ciclone. Às 4h da madrugada estávamos ainda todos bem acordados e sem sono, me retirei de um dos cômodos e fui orar a Deus pedindo para que tudo passasse. Foi nesse momento que senti um líquido escorrendo, mas jamais passaria pela minha cabeça que seria minha bolsa que poderia ter estourando naquele momento. O que me deixou tensa foi que a tempestade havia piorado, não havia energia e o contato com as pessoas via celular estava restrito”, conta.
Ela afirma que no momento optaram em ir para a casa do avô do seu esposo, por ser mais protegida, quando sentiu-se desconfortável e com cólicas, nesse meio tempo foi ao banheiro e, ao levantar precisou pedir ajuda a Richele. “E então vi que estava sangrando, logo ao perceber entrei em contato com meu medico para o deixar a par da situação, em ligação ele me orientou a irmos até o hospital Dom Joaquim, nesse meio tempo ao me arrumar o medico novamente me ligou, informando que o Hospital estava sem energia elétrica, me orientando ir ate o Hospital da Unimed de Criciúma por conta do meu plano de saúde. Eu estava com muitas contrações, fomos em direção a Criciúma. Dentro do carro liguei para o hospital para saber se eles estavam com energia elétrica, foi então que vi luzes em alguns estabelecimentos em Sombrio e então decidi ligar para o Hospital Dom Joaquim e fui avisada que já havia voltado a energia elétrica e decidimos retornar para Sombrio, cheguei em torno de 6h50min e a equipe estava pronta e bem segura para me atender”.
A mãe quando questionada se teve medo de perder o bebê, relatou: “Em nenhum momento tive medo, fiquei com medo de não chegar a tempo em um dos dois hospitais e ter que realizar o parto normal. Agradeço a equipe de parto e pós-parto, os técnicos de enfermagem e ao médico Dr Carlos Roberto Pinheiro que estava sempre atento a todos os cuidados desde a recepção até irmos ao quarto, a vida segue e Deus cuida de tudo” !
Essa experiência ficará marcada para sempre na memoria de familiares e amigos com o nascimento de João em meio ao “ciclone bomba” e a pandemia do novo Coronavírus.
Bolsa rompe e bebê nasce em meio ao “ciclone bomba” em Sombrio
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Uau!! Que momento!❤❤❤❤