Um terço da população mundial chegou a ficar em quarentena prolongada. Desta situação refletiu-se um agravamento das carências de ordem emocional. Ainda não se vislumbra o fim do problema, mas seus efeitos se farão prolongar após a ciência encontrar a vacina contra o vírus. Conforme os voluntários da Rede de Proteção à Vida (RPV), o acolhimento e empatia deverão ser as constantes após estas mudanças.
Conforme o voluntário da Rede de Proteção à Vida (RPV) e do Centro de Valorização da Vida (CVV), Roberto Caldas, as medidas de distanciamento social e o lockdown em várias regiões do mundo maximizam os efeitos da pandemia, que desafia a sociedade a buscar saídas. “Questões como o desemprego, relacionamentos complicados, projetos pessoais adiados ou cancelados, a ansiedade, incerteza e a solidão, associados ao histórico de transtornos pré-existentes nas pessoas, só fazem agravar o cenário, exigindo atitudes e iniciativas de todos, no sentido do apoio solidário e fraterno”, comenta Caldas.
A procura por atendimento emocional gratuito através do Centro de Valorização da Vida (CVV) prossegue em alta, com média diária de dez mil ligações para o fone 188 (gratuito e 24 horas disponível). A busca por uma conversa acolhedora no chat do CVV (www.cvv.org) provoca filas de espera.
Ainda, as religiões, mesmo com as restrições impostas pelas autoridades, esforçam-se para alimentar as resistências espirituais das pessoas.
Também, profissionais da psicologia e psiquiatria movimentam-se no sentido de usar as ferramentas digitais de comunicação, para atendimento. A terapia online já é uma realidade.
“Mais do que nunca, os gestores da saúde pública necessitam concentrar esforços na melhoria da estrutura de atendimento psicológico, pois a pandemia que já estávamos enfrentando antes do covid-19, aquela da depressão, ansiedade e suicídios, poderá se intensificar nos próximos meses ou anos, exigindo atitudes de proatividade da parte de toda a sociedade, não somente órgãos de saúde pública”, adianta o voluntário.
Segundo Roberto, frente a uma crise que certamente terá um fim, embora não saibamos quando, as pessoas em situação de risco emocional necessitam como nunca, tomar a iniciativa de buscar o apoio possível, mesmo que momentaneamente virtual, seja no âmbito da família, dos amigos próximos, nos templos, igrejas e centros espíritas.
“O equilíbrio da saúde emocional necessita igualmente do amparo da psicologia e da psiquiatria, não deixando de lado, a busca por entidades que voluntariamente oferecem apoio, como o próprio CVV, Alcoólicos e Narcóticos Anônimos. A mensagem que esta pandemia nos deixa, entre tantas outras, fala sobre não hesitar em buscar a ajuda necessária, assim como exige de toda a sociedade, postura solidária e empática, de apoio e acolhimento imediato a todos que estiverem em situação psicologicamente delicada, sejam próximos ou distantes, conhecidos ou desconhecidos”, indica.
Roberto finaliza: “Todos nós, ao percebermos uma pessoa próxima em tristeza e ou qualquer aspecto típico depressivo, precisamos ter a atitude e o desprendimento para perguntar, pronto para ouvir e abraçar: Como vai você?”.
Conheça a RPV – Rede de Proteção à Vida. Estimule a criação de uma rede local
Para acolhimento e uma conversa com sigilo do assunto e anonimato garantidos, procure o CVV (Centro de Valorização da Vida), ligue grátis (de celular, fixo ou telefone público) para o fone 188, ou ainda acessando o chat online, em www.cvv.org.br. Seja voluntário, acessando www.cvv.org.br/voluntario.
A Rede é um movimento voluntário e cidadão, com foco na valorização da vida e prevenção do suicídio, sem credos, sem partidos. Busca sensibilizar a sociedade sobre a importância do tema, através de palestras e workshops. Fazem parte: Polícias Militar/Civil, ACIC, Assoc. Criciumense para Saúde Mental/Ceres, Serv. de Psicologia Aplicada Esucri/SPAE, Núcleo de Prevenção às Violências e Promoção da Saúde/Nuprevips, SAMU, Compev, Centro de Valorização da Vida (CVV), GASS (Grupo de Apoio aos Sobreviventes do Suicídio), Sociedade de Psicologia de Criciúma, FIESC/Sesi.
E-mail: contato@protecaoavida.com.br
Facebook: facebook/redeabraceumavida/
Instagram: @rpv_rede.
