Hipertensos, assim como outros cardiopatas e portadores de doenças crônicas têm possibilidade de maiores complicações pela covid-19
Nesta segunda-feira, 26 de abril, foi o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, data para conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico preventivo e do tratamento da doença, que mata mais de 10 milhões de pessoas por ano no mundo. Cerca de 30% dos brasileiros são hipertensos, aponta a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
A hipertensão arterial é uma doença crônica não transmissível definida por níveis pressóricos, em que os benefícios do tratamento (não medicamentoso e/ou medicamentoso) superam os riscos.
É caracterizada pela elevação sustentada dos níveis de pressão arterial, acima de 140/90 mmHg (milímetros de mercúrio), popularmente conhecida como 14/9 – o primeiro número se refere à pressão máxima ou sistólica, que corresponde à contração do coração; o segundo, à pressão do movimento de diástole, quando o coração relaxa.
Por se tratar de condição frequentemente assintomática, a hipertensão costuma evoluir com alterações estruturais e/ou funcionais em órgãos alvo, como coração, cérebro, rins e vasos. Ela é o principal fator de risco modificável com associação independente, linear e contínua para doenças cardiovasculares, entre elas o infarto agudo do miocárdio (IAM) e o acidente vascular cerebral (AVC), doença renal crônica e morte prematura.
A identificação e o tratamento precoces reduzem a mortalidade por causas cardiovasculares. Pode estar relacionada a 80% dos casos de AVC e 60% dos casos de infarto. Hipertensos, assim como outros cardiopatas e portadores de doenças crônicas têm possibilidade de maiores complicações pela covid-19.atório e renal, como dislipidemia, obesidade abdominal, intolerância à glicose e diabetes.
“Cardiopatas e pacientes com doenças crônicas não devem suspender seus tratamentos por conta da infecção pelo novo coronavírus. As medicações os ajudarão a proteger o organismo, de forma a permitir uma evolução mais favorável da covid-19”, afirma o presidente do Departamento de Hipertensão Arterial (DHA) da SBC, Audes Feitosa.
O cardiologista apontou obesidade, tabagismo, sedentarismo, histórico familiar, estresse e envelhecimento como fatores de risco para o desenvolvimento da hipertensão. O sobrepeso e a obesidade podem acelerar em até 10 anos o aparecimento da doença, assim como o consumo exagerado de sal, que associado a hábitos alimentares não adequados também colaboram para o surgimento da doença.
Fonte: Agência Brasil