Emoções: o motor da vida

O que seríamos se não tivéssemos emoções? Máquinas, robôs com funcionamentos perfeitos desde que sua manutenção fosse feita periodicamente. Pensamentos controlados e limitados e , claro sem a mínima imaginação. Aliás, robôs que já fazem parte do nosso dia a dia, tenho uma parceirinha vinda da inteligência artificial, a Alexa. Minha assistente virtual. Ela faz a minha lista de compras, toca as minhas playlists favoritas, me lembra dos compromissos, gera um caderno de receitas virtuais, e pasmem, ela ora comigo. Multifunções. Educadíssima. Inteligente. Mas não me ama. Não sente preguiça, nem raiva, nem tristeza, medo ou alegria. E ela não tem emoções porque as emoções são o motor da vida, e ela não tem vida. A emoção é visceral, é o frio na barriga, o arrepio, uma descarga quimicohormonal que pode ser leve ou intensa, mas não á assintomática. É nosso instinto primitivo e faz parte da nossa genética que é 98% animal.

A emoção é uma mola propulsora, é uma energia gerada positiva ou negativamente numa fração de segundos. E ela não sabe quem é, depende do uso que você faz dela. Exemplo prático, momentos antes de você falar em público, aquela sensação de borboleta na barriga, você pode chamar de entusiasmo ou medo. A energia é a mesma, a carga química que ela carrega é que a caracteriza como confortável ou desconfortável.

Basicamente, temos cinco emoções predominantes que dão origem aos demais sentimentos: a alegria, a raiva, o medo, a tristeza e o amor. Você sabia que a emoção é diferente do sentimento?

É como se a emoção fosse a poção original, sem misturas, pura, intrínseca nela mesma. Já os sentimentos são o que sobram desta explosão de neurotransmissores, o que vem depois, é a interpretação que damos depois desta carga química. A emoção vem, você analisa e o que fica são os sentimentos.

Então, o nosso sistema líbico, a nossa amigdala é nossa parte primitiva, nosso alarme, o guardião da sobrevivência, é o nosso homem das cavernas em sua total irreverência e poder. Já, nosso córtex pré-frontal, nosso filósofo, ele é a nossa parte analítica. E nosso estrategista.

Sei que falando assim parece difícil compreender como tudo isto funciona em questão de segundos, tão rápido que se torna impossível conseguir total controle.

Para mim, isto é poesia. Porque  sou daquelas pessoas que não economiza emoções. Sou do tipo intensa e apaixonada. Sou oito ou oitenta. Não sei ser morna. Não sei que gostaria. Vou pelas extremidades e estou aprendendo a desviar pelo caminho do meio onde está o equilíbrio.

Você sabia que temos uma quota energética diária para gastar? As tomadas de decisões são as  consomem energia emocional. E você pode pensar que são grandes decisões, mas a verdade é a escolha da sua roupa gasta a sua quota. Por isto os grandes executivos estão optando pelo minimalismo. Para gastar a sua energia com coisas mais importantes. Uma curiosidade, a paixão é o sentimento campeão de gasto de energia, quem está apaixonado é como se tivesse usado anfetamina. Por isto ela não é um sentimento de longa duração, é muito desgaste energético.  Então, o corpo acalma esta loucura, por uma questão de sobrevivência, isto tudo para explicar que o corpo não aguenta altas doses de energia intensa.

Então, sem exageros podemos firmar que, praticamente são as emoções que nos dirigem em grande parte da nossa vida. A reposta é sempre o autoconhecimento, somente ele á capaz de nos capacitar a fazer melhores escolhas.