O governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL), anunciou no último sábado (11) a liberação do funcionamento, com restrições, do comércio de rua e de hotéis, que estavam fechados para impedir a disseminação do novo coronavírus. Ao mesmo tempo, o governo ampliou o prazo de fechamento de escolas e shoppings no estado. “Estamos liberando o comércio de rua com regras e sob forte fiscalização”, disse o governador.
A permissão se deu depois de uma série de manifestações coordenadas pela CDL – Câmara de Dirigentes Lojistas -, de várias cidades do estado, que pedia a reabertura das portas das lojas, alegando perdas financeiras e possibilidade de prejuízos permanentes.
Em Sombrio, o presidente da CDL, Fernando Dalla Vechia de Souza conta que foi estabelecido um protocolo sanitário para controle e desinfecção dos ambientes, como usar máscaras caseiras ao sair de casa, dando preferência às laváveis, trocando a cada duas horas, ou quando estiver úmida, ou em caso de tosse ou espirro. O comércio também deve adotar o distanciamento social, evitando o contato com os clientes, mantendo o mínimo de dois metros de aproximação.
Também recomenda que os comerciários lavem as mãos com frequência, usando água e sabão. Os balcões devem ser higienizados com álcool 70%, com cuidado, ou solução com água sanitária – 20 ml de água sanitária por litro de água tratada. O chão deverá ser higienizado, em frente à loja – no mínimo duas vezes ao dia, com solução de hipoclorito com borrifador ou pulverizador – 5 ml de hipoclorito por litro de água tratada.
Fernando lembra que funcionários com sintomas gripais devem ficar em casa e a vigilância epidemiológica deve ser avisada. Também devem permanecer em casa, aqueles que tem familiares no grupo de risco (que não conseguem isolamento), ou com doenças crônicas e acima de 60 anos (conforme o Ministério da Saúde, pais com filhos, que não tem com quem ficar.
A recomendação também é de que seja programado o adiantamento de férias e feriados nacionais, banco de horas, redução da jornada de trabalho (com redução do salário), sempre sob orientação de um contador.
O gerente Giovani Rafael, comenta que “aparentemente, tudo se encaminha para a normalidade. Sabemos que ainda haverá um tempo de dificuldade, as pessoas estão com receio, mas vai passar”, comenta.
A lojista Paloma Corvalan, comenta que Sombrio, por ser uma cidade menor, ainda tem a cultura do carnê. “Os clientes, em sua maioria, fazem o crediário no carnê, e estavam aguardando a abertura das lojas para pagarem suas contas”. Ela percebeu movimentação bastante grande, principalmente para que seja garantido o equilíbrio da economia das famílias, evitando o acúmulo de dívidas vencidas. “Não está havendo encargo para o cliente, mas ele não quer perder o controle, na grande maioria”, diz.
O comércio segue atendendo em horário normal das 8h30min às 12h, das 13h30min às 18h de segunda à sexta-feira e aos sábados das 8h30min às 12h30min.