Animal tem intrigado pesquisadores desde a sua descoberta, no século 18
O ornitorrinco é um das criaturas mais peculiares já documentadas. Cientificamente chamado de Ornithorhynchus anatinus, o ornitorrinco é uma espécie de combinação entre vários animais – com o corpo de toupeira, cauda de castor e bico de pato. Curioso, mas as estranhezas não param por aí. Esse animal, embora seja um mamífero, bota ovo e ainda tem um espinho venenoso nas patas traseiras. Além disso, um estudo recente, publicado na revista científica Mammalia, constatou que, quando são iluminados por luz ultravioleta (UV), os pelos dos ornitorrincos emitem um brilho em tom azul-esverdeado, ou seja, eles também são bioluminescentes.
Esse curioso bichinho foi registrado pela primeira vez no final do século 18, quando os europeus chegaram ao país australiano. Foi o naturalista (e também governador da colônia Nova Gales do Sul, na Austrália), John Hunter, o primeiro europeu a observar um exemplar vivo de ornitorrinco. O encontro ocorreu na lagoa de Yarramundi (ao norte da capital australiana), na companhia de um caçador aborígene. Hunter então elaborou um registro em desenho do animal e enviou a pele do espécime para ser analisado em Londres.
O ornitorrinco se encaixa em uma ordem seleta do reino animal: os Monotremados. Essa classificação abrange os animais mamíferos que botam ovos, dividida em duas famílias, uma à qual pertence o ornitorrinco, e outra que inclui as equidnas (que se assemelham a porcos espinhos). Esses animais são encontrados naturalmente apenas na Oceania, em países como Austrália e Nova Guiné.
Com informações do National Geographic*
Mariana Machado (Jornalismo)