A Teoria da Criação prega que foi Deus quem criou o Universo. Está na Bíblia. Para os religiosos ortodoxos isto encerra o assunto, e não há mais nada para se discutir. Quando a gente os questiona: – “Se Deus é puro amor e bondade, por que existe o mal”? A resposta está sempre na ponta da língua: por causa do livre arbítrio. Deus teria deixado a critério dos homens fazer o bem ou o mal. Lá num certo dia, ele voltará para acertar as contas (Juízo Final). Então os bons irão para o Céu e os maus para o inferno. Simples demais, não?
Contrapondo a primeira, temos a Teoria da Evolução. Esta defende a tese de que a criação do Universo teria sido espontânea. Há cerca de 14,5 bilhões de anos, o Universo estava originalmente muito quente e denso. Havia apenas um imenso vazio. Uma espécie de “buraco negro”. Então ocorreu uma grande explosão cósmica; o “Big Bang,” dando início ao surgimento e expansão do Universo atual. Não existe nenhuma prova ou indícios de que algum ser, um deus, ou uma divindade qualquer a teria provocado. Por isso diz-se que foi “espontânea”. É o que a Ciência sabe, até descobrir-se explicação melhor. E o que a Ciência não sabe, ela não inventa.
Na explosão do Big Bang, uma quantidade infinita de fragmentos deslocou-se para todos os lados, numa velocidade vertiginosa, nunca mais deixando de se expandir. Giram em torno de si, em volta uns dos outros e no rumo de um destino infinito e ignorado. No início, todos eram fogo puro, como ainda são o Sol e as estrelas. Posteriormente, alguns esfriaram e transformaram-se noutras matérias, como rochas, terra e água, por exemplo. Em alguns destes fragmentos, ao esfriarem, surgiram vidas, vegetal e animal. A Terra é um deles. Daí em diante tudo é evolução.
Como se vê, esperando que não me queimem numa fogueira em praça pública, ambas as teorias não explicam tudo. Seja lá como for, Criação ou a Evolução, o ser humano foi dotado de inteligência. Então vamos usá-la. Agora, se tiveres medo de pensar, para por aqui. Não quero que me culpes por arderes no fogo do Inferno pela eternidade. Assim, deixa para nós: cientistas, filósofos, crianças, loucos, poetas ou bêbados a missão de continuar as pesquisas.
A Ciência não descarta Deus. Ele poderá existir, ou não. Isso é irrelevante. Caso ele exista, certamente não é aquele “deus bíblico”. É alguém infinitamente maior e melhor. A Terra é muito nova. Tem apenas 4,5 bilhões de anos. Somos ainda muito atrasados, diante de povos superiores que vivem noutras dimensões. Alguns já estiveram nos visitando. Provavelmente são os que a Bíblia chama de deuses ou anjos. Para a Ciência, porém, não passam de extraterrestres, porque vieram do espaço. Alguns deles, como eu, talvez ainda andem por aí. De qualquer forma, acho que tenho que parar de beber.
