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ColunistasCrônica | O julgamento dos Cavaleiros Templários | Luiz Llantada

Crônica | O julgamento dos Cavaleiros Templários | Luiz Llantada

O julgamento dos Cavaleiros Templários

A Ordem dos Cavaleiros Templários, ou simplesmente Templários, foi uma ordem militar de Cavalaria. A organização existiu durante cerca de dois séculos na Idade Média (1118/1312). Foi fundada no rescaldo da Primeira Cruzada (1096), com o propósito original de proteger os cristãos que voltaram a fazer a peregrinação de Jerusalém, a “Terra Sagrada”, após a sua conquista.

Os seus membros faziam votos de pobreza, castidade, devoção e obediência. Usavam mantos brancos com a característica cruz vermelha. O seu símbolo era um cavalo montado por dois cavaleiros, como sinal de pobreza. Tendo em conta o local onde originalmente se estabeleceram, o monte do Templo, em Jerusalém, onde existira o Templo de Salomão, assim com o voto de pobreza e de fé em Cristo denominaram-se “Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão”.

O sucesso dos Templários esteve intimamente vinculado ao das Cruzadas, o que durou de 1099, quando os cristãos expulsaram os muçulmanos e retomaram Jerusalém, até quando a Terra Santa foi perdida novamente, em 1187. O apoio à Ordem reduziu-se muito. Rumores acerca da cerimónia de iniciação secreta dos Templários criaram desconfianças, e o Rei Filipe IV, o “Belo”, da França, profundamente endividado com a Ordem dos Templários, começou a pressionar o Papa Clemente V a tomar medidas contra eles.

Enquanto os Templários apoiavam os Cruzados contra os muçulmanos, também davam proteção aos cristãos que iam à Terra Prometida. Os Templários enriqueceram muito. Os cristãos pagavam “pedágio” por essa proteção e deixavam suas riquezas, dinheiro, joias, terras e castelos depositados em mãos dos Cavaleiros, que, inclusive, giravam com toda essa riqueza como se fossem bancos. Não só os cristãos se endividaram com eles, como também muitos nobres.

No dia 13 de outubro de 1307, o Rei Filipe, que estava endividado com os cavaleiros do Templo e de olho na fortuna deles, mandou prendê-los. Amada ou odiada, temida ou admirada, a Ordem estava no auge de seu poder. O plano do Rei Filipe, o Belo, e do Papa Clemente V foi terrível. Acusaram os Templários de cometer crimes infames de heresias, como renegar a Cristo, cuspir na cruz e praticar sodomia.

Os acusados não tinham a mínima chance de defesa. Os acusadores agiam sob o manto da Inquisição Católica. Os Templários confessavam qualquer coisa, sempre sob tortura. As execuções das penas eram de extrema crueldade. Os condenados eram queimados vivos ou tinham seus corpos dilacerados a pauladas, em vida. A 18 de março de 1313, em Paris, é queimado vivo, o grão-mestre Tiago de Molay. Alguns poucos conseguiram fugir para Portugal, Escócia e outros países.

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1 COMENTÁRIO

  1. muito interessante Dr. Fui mais a fundo e lí da grade história da Jacques de Molay (Também conhecido Tiago de Molay) grande batalhas travadas e julgados ao retornarem para o velho mundo, como traidores, morreu aos 72 anos esse grande soldado, grão-mestre.

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