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ColunistasCrônica | Utopia? Talvez.| Luiz Llantada

Crônica | Utopia? Talvez.| Luiz Llantada

Utopia? Talvez.

Podes me achar otimista ou ingênuo, mas eu sinto que estamos no limiar de um mundo melhor. Cá entre nós, do jeito que estava até há pouco o Mundo ficaria inviável para a humanidade. Eu me refiro ao relacionamento entre as nações e à maneira pela qual alguns povos procuravam impor-se.

Até meados do Século XVIII a humanidade vivia essencialmente da agricultura e do trabalho artesanal, individual ou familiar. No interior os agricultores. Nas cidades os artesãos. Os meios de produção eram precários porque não existiam máquinas. Não havia indústrias. O sistema político predominante era a monarquia absolutista, em conluio com as religiões. Não havia relação de trabalho, pois não havia empregos… Salvo a escravidão.

Então veio a Revolução Industrial, um conjunto de inovações que iniciou na Europa. A essência desse movimento foi a substituição do trabalho artesanal pelo coletivo (assalariado), através do domínio das energias do carvão mineral e do vapor. Máquinas, locomotivas e navios ficaram mais sofisticados. A seguir vieram os aviões. Os meios de produção passaram para as mãos de industriais, homens que possuíam capital. Organizaram-se em empresas.

Começou a relação capital e trabalho. A exploração do homem pelo homem. Logo surgiu a eletricidade. As nações que ficaram mais ricas e poderosas buscaram ampliar seus territórios, dominar e explorar outros povos e tentar impor suas ideias. As máquinas de guerra ficaram terrivelmente destrutivas com o uso predominante do avião e da energia nuclear. O cenário estava montado para o fim da humanidade.

O mundo ficou maniqueísta; só existia o bem e o mal. Apenas duas ideologias para se confrontar; o capitalismo (liberalismo) e o socialismo (igualdade). Guerras terríveis aconteceram nesse choque de idéias. Quando terminou a II Guerra Mundial, veio a Guerra Fria, onde o confronto passou a acontecer mais no terreno político e econômico. Mas algo de bom aconteceu: a criação da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1945.

Quando caiu o Muro de Berlim, em 1989, os liberais festejaram: “O socialismo acabou”! Em 2009 faliu o sistema financeiro mundial. Os socialistas bradaram: “O capitalismo acabou”! Nem um, nem outro, acabou. Diante disso, as nações acordaram. Através da ONU e outros organismos internacionais passaram a dialogar. As cogitar menos o uso das armas.

Não existe um sistema político-econômico único e perfeito. A solução é mesclar ideias e sistemas. Além da ONU, vários outros órgãos de caráter regional ou mundial passaram a discutir interesses comuns. Criaram-se os fóruns: o Social, socialista é claro, e o Econômico Mundial, de cunho liberal. O que antes se procurava impor pelas guerras, hoje é pelo diálogo e negociações. Otimismo exacerbado meu? Utopia? Talvez. Mas eu sou assim: sonhador.

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