Olá meus amigos, tudo bem? Hoje iremos falar um pouco sobre “Diabetes Gestacional”. De uns meses pra cá, tenho atendido algumas pacientes gestantes com histórico de diabetes gestacional. Por este motivo, resolvi esclarecer este tema. Sabemos que a Gravidez faz parte de um ciclo vital feminino muito importante e é caracterizada por mudanças fisiológicas, físicas e psicológicas. Existem alguns fatores de risco que pode influenciar negativamente o desenvolvimento da gestação, como por exemplo: Peso pré-gestacional elevado (IMC>25kg<40kg/m2), ganho de peso inadequado durante a gravidez, déficit de peso, tabagismo, alcoolismo, diabetes gestacional, infecções do trato urinário, distúrbios hipertensivos.
A diabetes Mellitus Gestacional, vem crescendo muito nas últimas décadas, e chegando a uma prevalência mundial de até 37,7%. Aponta-se que no Brasil, essa prevalência chegue até 18% (OPAS, 2016).O sobrepeso e a obesidade em período de gestação significa um grande fator de risco pois através deles, o tecido adiposo irá liberar fatores que promoverão um perfil pro-inflamatório o que posteriormente levará a resistência à insulina, além de adipocinas que podem ocasionar uma disfunção microvascular no qual poderá aumentar os níveis da pressão arterial e prejudicar a funcionalidade das células β lá no pâncreas, assim comprometendo a ação da insulina na corrente sanguínea. A glicose materna passa para o compartimento fetal por difusão facilitada e quando a mãe faz hiperglicemia: que é o aumento da glicose(açúcar), na corrente sanguínea, posteriormente, o feto também terá um quadro de hiperglicemia. A hiperglicemia do meio intrauterino está associada ao aumento de radicais livres de oxigênio: responsáveis pela maior ocorrência de má formação fetal. O aumento da glicemia materna associa-se à maior concentração de hemoglobina glicada (HbA1c), que tem maior afinidade por oxigênio e favorece a hipóxia de graus variáveis. A resposta fetal à hipóxia é o aumento na produção de glóbulos vermelhos e consequentemente poliglobulia. A pletora fetal é responsável pela maior ocorrência de icterícia neonatal, risco aumentado de kernicterus e trombose de veia renal. Assim, esses recém-nascidos estão expostos a um maior risco de morbimortalidade e Óbito intrauterino.
Como citei anteriormente mulheres com sobrepeso e obesidade terá facilidade a um possível quadro de resistência a insulina, assim, possivelmente levando a um quadro de diabetes gestacional. Recomenda-se para essas gestantes um bom acompanhamento nutricional; controle diário da ingestão de alimentos, principalmente aqueles com médio e alto índice glicêmico e monitoramento da glicemia durante a gestação.
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