Ele sempre me amou
Olá, gente! Eu não sei dizer há quanto tempo o Joel e eu nos conhecemos. A gente sempre fez parte da vida um do outro. A mãe dele, a Dona Lela era colabora no resturante do meu pai, ela era lavadeira. Ele começou a trabalhar lá também quando ele tinha 13 anos.
Sua função era simples: entregava as comadas para os cleintes. Recebia os passageiros dos ônibus sempre com muita alegria. Nós não éramos próximos. Naquela época, a minha vida era fácil, nada de dificuldades. Eu estudava no Catulo, colégio estadual, meus amigos e amigas eram pessoas simples, trabalhadoras e nunca tive problemas para me entrosar com ninguém. Muito diferente de hoje, que as classses sociais não se misturam. Meus pais nos ensinaram a tratar a todos igualmente, por isto tínhamos carinho pelos funcionários. A Dona Lela diz, que eu sempre dizia à ela: “-Eu vou ser sua nora.” Ela ria e diz que torcia que nunca fosse, já que ela achava que a diferença cultural e financeira jamais permitiria uma união assim. Mas eu falava isto em tom de brincadeira, porque sempre achei o Joel muito alegre e divertido.
Passamos a nossa adolescência convivendo todos os dias. Quando eu tinha 17 anos, assim que terminei o ensino médio eu me casei com um moço de agrado dos meus pais. Corria o ano de 1986. Em 16 de janeiro, me casei oficialmente. Foi um casamentão: vestido confeccionado especialmente para mim, muitos convidados, cerimônia com o Pe Humberto, um jantar de da inveja, lindo demais. Meu pai convocou funcionários para atender no jantar. O Joel foi chamado também, mas não aceitou fazer esta hora extra. E tem um motivo: ele sempre disse que sempre me amou e que não queria me ver casada com outra pessoa.
Meu pai, extremamente controlador, construiu uma casa nos fundos da dele, empregou meu marido e continuamos a vida do mesmo jeito. Nesta época, o Joel já havia sido promovido: pela sua competência, muita iniciativa, agilidade no que fazia e pela sua honestidade. Sendo assim, ele trabalhava na mesma sala de escritório que o meu marido. Como ninguém sabia dos sentimentos dele por mim, estava tudo certo. Eu imagino como tenha sido difícil para ele. Entretanto, eles eram amigos. Joel e sua paciência, seu entusiasmo.Fico me perguntando como seri ase ele não fosse assim. Pode ser que ele sentisse raiva e inveja do meu marido e se afastasse. Pode ser que desejasse coisas ruins para nós. Mas o Joel não tinha este hábito,de ter rancor, pelo contrário. Mantinha sempre a alegria, a amizade. Isto é lindo, não é? Ter este desprendimento, aceitar as coisas que você não pode mudar com resignação. Muitos anos depois, quando já estávamos casados ele dizia: “-Sempre soube que você seria minha para sempre.”
Em outubro do mesmo ano, ou seja, 9 meses depois de casar, decidi me separar, embora meu marido não quisesse. Imagina, há 35 anos, uma mulher separada era considerada imoral. Lembro muito bem do dia, em que no café da manhã – tomavamos café todos juntos, meus pais e irmãos, eu anunciei minha decisão. Desejava me separar. Meu pai era uma pessoa importante na cidade, éramos uma família conhecida e, portanto alvo da sociedade regional. Então, meu pai não aceitou, disse que jamais permitiria tal coisa. Surgiram vários comentários: que eu tinha amantes. Em cada bairro da cidade cogitava-se um personagem diferente. Mas não existia ninguém. Eu apenas não amava aquela pessoa suficientemente.
Lição 1: As pessoas somente se separam quando o amor que elas sentem não é sufucientemente forte para suerar os obstáculos. Os laços são frágeis. Por isto qualquer adversidade os rompem. Não há o desejo de estar juntos, de tentar vencer os incômodos, de ser tolerante e paciente com outro.
No dia em que ele foi embora, ele chamou o Joel – já que eles eram amigos – e disse: “- Joel, cuida da Miko – meu apelido em casa – para mim.” Depois que ficamos juntos, o Joel e eu, ele sempre brincava dizendo: “- Estou fazendo o que ele pediu, estou cuidando de você.” E ria.
Lição 2: Quando você ama alguém, verdadeiramente, mantenha sempre a esperança. Quando duas pessoas estão destinadas uma à outra, existe uma força magnética que as une. Você não precisa fazer nada, além de seguir seu coração.
Meu conselho: diga a quem você ama, o quanto você a ama. Beije a abrace. Pode ser a ultima vez. Aquelas pequenas coisas que desagradam você, os mínimos defeitos da pessoa amada, jamis serão empecilhos para que fiquem juntos.
Se eu soubesse: que ele partiria tão cedo, não teria dormido uma noite sequer sem estar bem agarradinha com ele. Acharia graça das coisas que ele fazia para me irritar: assoviar sem parar, fazer caretas atrás de mim quando eu estava brava. Muitas vezes eu estava furiosa, ele olhava para mim e dizia: “- Dá só um sorrisinho pra mim, amor!” Se eu soubesse, eu teria sorrido todas as vezes.
Gente, na semana que vem, vou contar como nos aproximamos e como ele me conqistou para sempre. Lembre de deixar seus comentários. Ah, e se tiver algo que você queira saber, uma curiosidade, deixe também. Desejo que a semana seja cheia de reflexões!
Lembro do dia do seu casamento. Um grande evento na cidade.
Lindo demais…
Sinto pela sua perda…
Que linda História de vcs que bom vai compartilhar com nós estes momentos to muito emocionada com certeza vcs viveram um amor verdadeiro e isto não tem preço.
Ver vcs juntos sempre pensei casal completo.vejo que estava certa muita gratidãopelos ensinamentos que me deram somente Deus pra te recompensar.vejo em vc mulher de muita fé e isto basta pra passar por cima de qualquer dificuldade.
Linda a história de vocês Miko.O Joel sempre te amou desde menino.
Vocês foram feitos um para o outro.Amor eterno
Fumiko , desde que conheci você e Joel sempre soube que ele te amava , pela maneira que ele falava de você , era o Joel sendo Joel , carismático , educado , extrovertido etc…
Que orgulho que tenho ter ao menos 5 anos da minha vida ter convivido com ele , só posso lembrar dele com extrema Gratidão
Vcs dois eram um casal perfeito, o qual tinha muita admiração.