A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, defendeu enfaticamente a importância das empresas estatais durante evento no BNDES, no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (15). Rebatendo críticas, ela afirmou que, em alguns casos, a privatização resulta na piora dos serviços prestados à população.
“As estatais não são peso na sociedade brasileira. Mas o contrário, são patrimônio do povo brasileiro e um ativo para o desenvolvimento sustentável”, declarou a ministra.
Crítica às Privatizações e o caso Enel
Segundo a Agência Brasil, Dweck argumentou que serviços essenciais e infraestrutura muitas vezes só chegam a certas regiões graças à atuação estatal, onde a “lógica estritamente privada jamais teria chegado”. Ela usou como exemplo negativo a situação da concessionária Enel em São Paulo, responsabilizada pela demora no restabelecimento de energia, ressaltando a gravidade de deixar a população sem luz por dias.
Plano para os Correios
Sobre a situação financeira delicada dos Correios, a ministra anunciou que o governo espera aprovar em breve um plano de reestruturação. Dweck explicou que a crise na estatal se deve a três fatores principais:
Crise global: O setor postal enfrenta dificuldades em todo o mundo.
Custo da Universalização: A obrigação constitucional de estar em todos os municípios gera custos altos bancados pela própria empresa.
Falta de Investimento: A inclusão da empresa em listas de privatização por governos anteriores inibiu a modernização.
Investimentos em alta
Para contrapor a ideia de ineficiência, Dweck apresentou dados do Banco Central: em dois anos e meio de governo, 23 estatais investiram R$ 12,5 bilhões, volume quase seis vezes maior que os R$ 2,1 bilhões do mesmo período da gestão anterior.
O evento também contou com a presença da ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, que propôs um pacto entre empresas e direitos humanos.












