O desempenho da economia argentina já se reflete nas vendas de Santa Catarina para o país vizinho. De janeiro a outubro de 2025, as exportações catarinenses para a Argentina somaram US$ 746 milhões, um incremento de 25,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. O crescimento é mais acentuado que a alta total do Brasil para a Argentina, que foi de 9,1% nas exportações totais.
Atento a esse movimento de recuperação econômica, um grupo de cerca de 20 indústrias de SC do setor moveleiro participa nos dias 10 e 11 de novembro do Encontro de Negócios SC-Argentina, promovido pela FIESC na Embaixada do Brasil em Buenos Aires.
Otimismo com a recuperação da Argentina
O presidente da FIESC, Gilberto Seleme, destacou que este é o momento ideal para intensificar as parcerias. “Esse é um excelente momento para intensificarmos nossas parcerias comerciais, já que a economia Argentina tem sinalizado uma recuperação”, explicou Seleme.
As projeções do FMI indicam que a Argentina deve crescer 4,5% em 2025, após dois anos de PIB negativo. Seleme ressaltou que esse crescimento vem acompanhado da queda nas taxas de inflação, o que deve impulsionar as vendas: “É um indicador positivo, já que o crescimento do PIB vem acompanhado do recuo significativo das taxas de inflação no país, que vinham corroendo o poder de compra dos argentinos”, analisou.
Bruno Pauli, do Grupo 4B e participante da missão, destacou o poder de compra do consumidor vizinho, visível em SC. “Os argentinos, quando vêm para Santa Catarina a turismo, mostram bom poder de compra, investem em imóveis. Nosso objetivo é aproveitar esse momento da economia para fazer negócios também por lá.”
Vantagens logísticas e comerciais
A agenda institucional da missão, que terá a participação do governador Jorginho Mello e do embaixador do Brasil na Argentina, Julio Glintenick Bitelli, também visa reforçar os diferenciais de Santa Catarina. Seleme citou a facilidade logística, dada a fronteira rodoviária e a eficiência do porto seco de Dionísio Cerqueira.
“SC tem uma posição muito favorável por fazer parte do Mercosul, ter laços comerciais e até culturais com a Argentina por causa do turismo e pela proximidade geográfica, além do idioma ser familiar. Além disso, o consumidor argentino percebe os produtos brasileiros como de qualidade”, salientou o presidente da FIESC.
As rodadas de negócios entre as indústrias catarinenses e potenciais compradores argentinos estão agendadas para terça-feira (11).












