O Ministério das Relações Exteriores do Uruguai anunciou hoje que o país foi aceito como membro do Acordo Abrangente e Progressivo para a Parceria Transpacífica (CPTPP). O bloco, que inclui nações como Japão e Canadá e soma 15% do PIB mundial, prevê a redução de tarifas e outros benefícios comerciais entre seus integrantes.
O movimento do Uruguai, que seguiu as negociações iniciadas em 2022, ocorre na mesma semana do anúncio de um acordo de livre comércio e investimentos entre Argentina e Estados Unidos.
Ameaça ao Mercosul e ao acordo com a UE
A presidente da Câmara de Comércio Exterior da FIESC, Maria Teresa Bustamante, alertou que as ações unilaterais dos países do Mercosul minam a integração do bloco e colocam em risco a iminente assinatura definitiva do acordo com a União Europeia (UE).
Bustamante defendeu a necessidade de maior flexibilidade no Mercosul. “É preciso compreender que o novo cenário internacional de negócios exige mais flexibilidade para manter os benefícios da integração e da unificação promovidas pelo Mercosul”, resumiu.
A FIESC espera que a próxima reunião de cúpula do Mercosul, marcada para 19 de dezembro em Foz do Iguaçu, delibere pela flexibilização das restrições a acordos bilaterais por parte de seus países membros.
Cláusula de salvaguarda aprovada pela UE
As preocupações se intensificam após o Conselho da União Europeia ter aprovado, na última quarta-feira (19), o regulamento que implementa a cláusula de salvaguarda bilateral para produtos agrícolas no Acordo de parceria UE-Mercosul.
A cláusula, aprovada sem emendas, permite que a UE suspenda temporariamente preferências tarifárias caso as importações do Mercosul causem prejuízos ou coloquem em risco o setor agrícola europeu, visando vencer as resistências de alguns países da UE ao acordo.












