Percentual ficou bem abaixo do que as categorias pretendiam, um percentual de 45%
O governo de Santa Catarina acertou com os servidores da segurança pública nesta quarta-feira (23) uma proposta de reposição salarial média de 23% nos subsídios das categorias. O reajuste varia entre 21% e 30%, a depender do cargo do servidor, mas os reajustes maiores são direcionados à base, segundo interlocutores da negociação.
A proposta do governo é igualar todas as carreiras da segurança pública – Polícia Militar, Polícia Civil, Instituto Geral de Perícias e Polícia Penal. Com isso, o salário base de início de carreira seria de R$ 6 mil, para todos os segmentos. A proposta do governo foi definitiva – o Executivo avisou aos servidores que não pode ir além do que foi oferecido.
O percentual ficou bem abaixo do que as categorias pretendiam, um percentual de 45% correspondente à inflação dos últimos sete anos. Apesar disso, a proposta foi considerada “aceitável” e “razoável” pelas categorias. O pagamento ocorrerá escalonado em duas parcelas: a primeira em janeiro de 2022 e a segunda em julho de 2022.
“Foi o máximo que nós conseguimos. […] O limite prudencial chegou ao máximo. Esprememos o que deu. Vamos fazer uma assembleia para o pessoal opinar”, disse o presidente da Associação de Praças de SC (Aprasc), João Carlos Pawlick. Segundo ele, a proposta é boa para a base e para o topo da carreira militar, mas o meio ficou prejudicado, principalmente para os sargentos.
“A gente quer evitar esse tipo de ranço interno. Tem que andar a par e passo entre as categorias. […] Daqui para frete, o governo precisa colocar a inflação anual para cair nesse abismo que a gente chegou”, acrescentou.
“Entendemos que a isonomia é extremamente importante entre as polícias. A segurança pública foi contemplada com o mesmo valor todas as instituições”, afirmou o presidente do Sindicato dos Policias Civis de SC (Sinpol/SC), Elmar Osório.