Em solenidade realizada no Palácio do Planalto nesta terça-feira (23), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva oficializou a posse de Gustavo Feliciano como o novo titular da pasta do Turismo. Em seu discurso inaugural, Feliciano destacou a democratização das viagens como pilar de sua gestão, defendendo que o lazer deve ser acessível a todas as faixas de renda.
“O turismo precisa ser do povo, pelo povo e para o povo. Nosso objetivo é facilitar o acesso aos destinos brasileiros para a maioria da população, que ganha menos e trabalha muito. Felicidade e lazer não podem ser privilégios de classe, mas sim símbolos de justiça social”, declarou o ministro, associando o setor à geração de emprego e renda.
Articulação política e apoio parlamentar
Segundo informações da Agência Brasil, a nomeação de Feliciano é fruto de uma indicação do União Brasil, consolidando uma reaproximação da legenda com o governo federal. O evento contou com a presença de diversas autoridades, com destaque para o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), de quem o novo ministro é aliado próximo.
Feliciano aproveitou a oportunidade para enaltecer a liderança de Motta, classificando-o como uma figura central na política nacional e atribuindo sua chegada à Esplanada à força política do parlamentar paraibano. Em contrapartida, Hugo Motta sinalizou apoio do Legislativo à nova gestão, garantindo recursos e destacando a capacidade de agregação do presidente Lula ao aceitar a indicação.
Perfil do novo ministro e contexto da troca
Natural de Campina Grande (PB), Gustavo Feliciano é advogado e possui experiência no setor público, tendo gerido a Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico da Paraíba entre 2019 e 2021. Ele pertence a uma família com tradição política no estado, sendo filho do deputado federal Damião Feliciano e da vice-governadora Lígia Feliciano.
A mudança no comando do ministério ocorre após a saída de Celso Sabino, que deixou o cargo na última semana. Sabino enfrentou desgastes com o próprio partido ao permanecer na função após uma diretriz da legenda para que seus filiados abandonassem o governo em setembro. Com a saída do ministério, Sabino retorna à Câmara dos Deputados e deve focar em sua pré-candidatura ao Senado para o próximo ano.
A transição foi selada após diálogos entre a cúpula do União Brasil e a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, sinalizando um novo momento de harmonia entre a base governista e o partido.












