No dia 02 de fevereiro deste ano uma fatalidade chocou a nossa região. Raul Raupp da Silva e o filho João Marcos Pereira da Silva, com 16 anos, e morador no bairro Januária, em Sombrio, trabalhavam em uma plantação de banana no município de Santa Rosa do Sul, comunidade da Peroba, quando a canhoneira acoplada ao trator possivelmente entrou em contato com um fio elétrico de alta tensão, ocasionando uma forte descarga e atingindo ambos.
Raul veio a falecer ainda no local, e o menino João Marcos sobreviveu, sendo encaminhado para o Hospital Regional de Araranguá e em seguida ao Hospital São Donato, em Içara e pelo Hospital Municipal São José, em Joinville.
João teve 60% do corpo queimado, progredindo para insuficiência respiratória seguida de parada cardiorrespiratória (PCR) três dias depois do acidente. Após a PCR, que durou cerca de 25 minutos, ele não retornou mais ao estado lúcido anterior. Todos os exames realizados no decorrer desses longos meses apontaram que o sistema neurológico está drasticamente comprometido
Depois disso tudo, amigos e familiares se juntaram realizando lives, eventos e vaquinhas online solidária em busca de recursos para todos os procedimentos. Nas redes sociais, várias pessoas postavam e pediam ajuda para jovem João, prestando apoio e solidariedade
Em entrevista, a nossa equipe procurou saber mais informações sobre como está o menino, hoje. Conversamos com Rení Pereira da Silva, mãe do João, que cuida dele em tempo integral.
O irmão do menino, Giezi Izaque juntamente com sua esposa Karoline a filha Lara Emanuelly, estão morando com eles e os ajudando diariamente. “Conto com a ajuda da minha família que todos os dias vem até minha casa“, detalha.
Sobre o valor arrecadado até agora, ela comentou que está sendo investido na adaptação da casa, e foi comprado o carro adaptado uma Doblô que tem servido muito. “O João Marcos vai duas a três vezes por semana no CER/UNESC em Criciúma. A ambulância tem nos levado, porém, o João Marcos não é exclusivo, há outros pacientes que fazem uso, então o carro nos salva apesar de ainda não ser ideal. Para o combustível é usado deste valor, medicamentos que a rede municipal não dispõe e nem a farmácia solidária da Unesc. É necessário comprar. Suplementos alimentares essenciais à recuperação que com desconto das farmácias sai por R$ 415, hidratantes para a pele, equipamentos que auxiliam nas terapias”, relatou ela.
“Tínhamos um objetivo na adaptação da casa em virtude do que foi arrecadado, mas o dono da construtora Kinderman foi generoso vem colaborando em deixar a casa mais aconchegante”, comentou ela sobre a conquista.
Nas questões de arrecadações, a mãe de João disse que “Sim ainda continua a arrecadação, a vaquinha está aberta (http://vaka.me/1128386) uma rifa do carro um Golf mais uma novilha,, através do fone (48) 990033230, com o irmão de João e no Lico materiais de construção”.
João Marcos teve uma pequena evolução no quadro neurológico, porém, ainda é delicado, Não dá para avançar em fisioterapia devido a pele sensível. As feridas já cicatrizam. Não apresenta infecção.
A mãe nos disse que foram feitas algumas consultas particulares, todas pagas com o dinheiro da campanha. Quanto aos exames, o SUS cobriu alguns e outros foram feitos em uma clínica privada que doou os exames. Ainda há medicações de uso contínuo, que aliviam dores e relaxam o corpo, que é muito contraído, medicações para o estômago de valor elevado para a família.
“Me questionam se a secretaria da Saúde municipal não ajuda, mas sim, ajuda e muito, porém como são muitos a fazer uso dos benefícios da secretaria, nem sempre podem, não dispõem do que se precisa naquele momento”, disse ela sobre o apoio que tem recebido o Município.
“Sou grata a toda a ajuda que recebo em nome do João Marcos. No Instagram dele há toda evolução tanto da saúde dele quanto prestações de conta. Tenho tido muito cuidado com os gastos, sei que o caminho é longo e ainda teremos grandes despesas, pois eu mãe e toda a família está buscando sempre o melhor e qualidade de vida. Ele é merecedor. Estamos no aguardo do SUS para aquisição da cadeira de rodas, que custa em torno de R$10 mil e da substância botulínica que ajudará no relaxar do corpo, porém já fazem quatro meses e nada”, finalizou.