As novas versões dos projetos enviados pelo governo Eduardo Leite para a ALERGS contemplam modificações que privilegiam os maiores salários, na análise da bancada do PT. Os grandes atingidos pelo pacote seguem sendo os professores e os trabalhadores da segurança. “É um cenário que aponta para uma profunda precarização da educação e da segurança pública”, sintetiza a deputada Sofia Cavedon, que é presidente da Comissão de Educação, defendendo que o governo precisa ouvir a Assembleia Legislativa sobre os problemas apontados nos projetos. “Não dá para tratar mudanças tão profundas como um balcão de emendas”, critica.
Com início da votação previsto para ontem (27), o pacote é alvo de muitas polêmicas e dúvidas. Um exemplo é o debate sobre a parcela autônoma. “Aquilo que afirmávamos, lá no envio dos primeiros projetos, que a parcela autônoma pagaria os reajustes dos servidores com seu próprio contracheque, só agora foi compreendido por algumas bancadas e até mesmo por setores da imprensa”, lembra Sofia. “Passamos mais de um mês, junto com o Cpers, apontando esta questão que era desmentida, de forma deslavada, pelo governo”, comenta a parlamentar. “Se não fosse a mobilização dos servidores, em especial a greve dos trabalhadores em educação, esses projetos teriam sido votados, da forma como estavam, em dezembro.